E no meio de um cenário que é crítico por si só, o período eleitoral está fazendo com que o argumento anti-governo ganhe as ruas e as praças na boca de todo e qualquer candidato de oposição, de Norte a Sul do Estado.
Na capital, especialmente, já é possível sentir as consequências de uma política de cobrança facilmente chamada de arrocho fiscal por empresários que reclamam, e muito, daquilo que consideram um exagero na frequência e na intensidade de fiscalizações.
Pagar o imposto antecipado na entrada da mercadoria no Estado, pagar multa de 100% no Detran para quem deixa vencer seu IPVA (coisa que não existe em lugar nenhum do Brasil), e outros argumentos do gênero vem aumentando um corolário de lamentações no meio empresarial, já bastante sufocado com a queda no movimento do comércio. Que por outro lado força as promoções para capitalizar.
Para além das fronteiras do Tocantins, a queda no consumo é notória até na capital financeira do País, São Paulo. O governo federal por sua vez, toma as medidas que pode para manter a indústria produzindo e as vagas de emprego num patamar aceitável nacionalmente.
A velha receita, dos antigos, parece ser mais atual do que nunca: gastar apenas o que se tem, e se pode. Evitar novas dívidas, por mais que os juros pareçam acessíveis, e as prestações sejam oferecidas a perder de vista.
Fechar as torneiras e apertar os cintos é o que a economia doméstica recomenda. Quanto ao mais, cabe ao Estado tomar suas providências para evitar dois problemas, que já mostram a cara na praça. O primeiro, é que o empresário, o comerciante, precisa de incentivos para produzir, e não de fiscal na porta cobrando até as vírgulas para deixar o cidadão trabalhar.
O segundo é que política fiscal de arrocho em ano eleitoral é um tiro no pé. Argumento fácil para ser explorado e colocado a favor de quem busca se eleger, justamente, em cima dos erros de quem administra o Estado e seus problemas.
Muita sede, quebra o pote, já diziam os antigos. Um ditado velho, mas que vale a pena lembrar neste começo de setembro.
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