As adesões, o voto útil e a cabeça do eleitor na reta final

Quando a campanha eleitoral em Palmas terminar, é preciso fazer uma análise apurada de como o eleitor avaliou as alianças políticas que foram feitas neste pleito

Vi uma charge  dia destes revela bem o espírito da coisa. Nela o pai chega ao final da história do Chapeuzinho Vermelho assim:  “ E o lobo mau e chapeuzinho viveram felizes para sempre”. “Como assim?” Pergunta a criança. “Fizeram uma coligação”, responde ele.

Seja como for, o maniqueísmo entre os grupos tradicionais da política do Estado está liquidado. Nunca mais uns poderão dizer dos outros que os adversários representam “o mal” e “ as trevas”.

Mas o assunto aqui hoje é outro. Como a população está assistindo e entendendo as adesões nesta reta final.

Semana passada, de forma meteórica, o ex-coordenador da equipe de Juventude do candidato Carlos Amastha, deixou a campanha. A forma como o fez: anunciando a decisão em cima do palanque do 11, e já anunciando lá mesmo o voto ao 43, repercute mal nas redes sociais até hoje. Sthepson Kim sofreu as consequências do ato na reação raivosa do grupo que abandonou. No Facebook seu pai afirma que teve tiros disparados na porta de casa, e pedradas no portão. As reações foram as mais diversas.

Esta semana foi a vez de Ricardo Ribeirinha, candidato do PDT a vereador anunciar o “ desapoio” a Marcelo Lélis. Ao Portal T1 Notícias ele disse em entrevista que vai publicada hoje, que não subirá no palanque de ninguém. Mas no discurso já é perceptível que está se alinhando a Carlos Amastha. E tudo começou numa reunião provocada pelo pedetista histórico, João Telmo, em que estavam presentes outros candidatos a vereador. Como Dr. Ulisses, que desmentiu em nota seu apoio a Amastha, mas teria de público o declarado num vídeo e áudio registrados pela equipe do pepista durante o encontro.

Agora, faltando pouco mais de uma semana para o dia D, a movimentação de bastidores é intensa, e surpresas podem acontecer nesta reta final.

São dois movimentos: o de quem achando que Amastha “já ganhou” corre para a companhia do empresário, a fim de abrir as portas da futura gestão para seus interesses políticos ou empresariais; e o de quem achando que Luana Ribeiro não está mais em condições de vencer a eleição, estuda o voto útil em Marcelo Lélis.

Seja como for, os dois movimentos, no fundo, no fundo, tem a ver com a afinidade de cada um com o grupo, ou o sentimento representado por cada candidato.

E o eleitor? Como vai avaliar este “vira, vira”?

Quem souber antecipar a resposta desta pergunta vai poder administrar melhor estes momentos decisivos da campanha da capital. Que por mais que pareça, ainda não está decidida.

Faltam os votos nas urnas. E falta a Justiça Eleitoral registrar tudo que envolve movimentação financeira e de pessoal daqui até o dia 7 de outubro. Ninguém ganha de véspera. E ganhar de qualquer jeito não vale. Por que a lei é rígida. Não basta ganhar. Tem que levar.

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