A Polícia Civil fez um trabalho de literalmente “cortar na carne”, ao entrar na última segunda-feira, 15 no Instituto Natureza do Tocantins, o Naturatins para desmontar uma quadrilha que - ao que tudo indica – fraudava a emissão de licenças ambientais.
Não é de hoje que se ouve o galo cantar sobre supostos favorecimentos e cobrança de propina na movimentação de processos do Naturatins.
No Facebook mais cedo, um leitor do T1 Notícias provocava: “a polícia tem que ir mais fundo, atrás de peixe grande”.
Pois é, tomara que vá mesmo. Afinal, ninguém consegue permanecer nas sombras praticando crimes por muito tempo sem que alguém – um colega, um chefe, um contribuinte – desconfie. E nenhum esquema fraudulento funciona apenas com o baixo clero.
Na operação deflagrada pela SSP - a segunda em curto espaço de tempo que investiga fraudes em órgãos do governo do Estado – algumas coisas chamam a atenção.
Corre nos bastidores a indignação do secretario Eliú Jurubeba com o fato de que o juiz expediu mandato de busca e apreensão com hora marcada.
Outra: a direção do Naturatins afirmou que o pedido de investigação partiu do próprio órgão. “Denúncias chegaram até mim e ao presidente Alexandre no final do ano passado e nós pedimos a investigação”, confirmou por telefone mais cedo Romulo Mascarenhas falando com a redação do T1 Notícias.
O que estamos tentando entender e até agora ninguém explicou, é que providências administrativas foram tomadas para impedir - diante da suspeita forte a ponto de iniciar uma investigação – que o esquema continuasse atuando.
É duro cortar dentro da estrutura, composta por técnicos que se conhecem há anos, mas a política do “deixa quieto”, ou “abafa o caso”, tem que acabar.
Na esteira do Detran e do Naturatins, com certeza existem por aí mais casos para a Polícia Civil investigar. É uma missão árdua. Mas absolutamente indispensável dentro de um governo eleito com a máxima do “Xô Corrupção!”.
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