As indefinições de 2014: uma eleição bem atípica vem por aí

Amigos, o quadro político eleitoral no Tocantins é de indefinições neste final de dezembro… Quem sai ao governo? quem vai ao Senado? Quantas forças com chances de eleição se enfrentarão?

Ninguém duvida que as eleições do próximo ano serão bastante atípicas. Nada está completamente definido, em nenhuma das frentes que se formam com a intenção de lançar candidatos.

 

Nem no governo, que tem no ex-senador Eduardo Siqueira Campos, seu pré-candidato declarado à sucessão do pai, as coisas estão pacificadas.

 

Para ser candidato, Eduardo depende de muitos fatores. O primeiro, é o afastamento do pai do governo. Este, cujo limite legal é  abril, pode ser antecipado para janeiro, conforme informações de bastidores. Caberá a Siqueira – que enfrenta atualmente baixos índices de aprovação -  conseguir explicar isto ao seu eleitorado cativo. Especialmente se não for candidato a nada.

 

O segundo ponto é quem ficará no governo. Tem que ser alguém de confiança para manter a máquina funcionando de forma que ela seja útil, e pelo menos não atrapalhe o candidato governista. A opção 1 seria João Oliveira. Outro ponto que não é pacífico dentro do staff siqueirista. “Se ele fez o que fez com a Kátia, o que fará conosco?” teria questionado o governador em círculo restrito ao discutir o assunto.

 

Neste quesito desponta ainda Sandoval Cardoso, presidente da Assembléia, que é o terceiro na ordem sucessória. Segundo se ouve nos bastidores, a relação com Eduardo já não anda 100% e passou por recente desgaste. O que pode gerar dúvidas de como será no futuro.

 

Oposições e seus dilemas

 

Do outro lado existem oposições. Não se pode esperar que de Kátia Abreu a Amastha estejam todos no mesmo palanque. Não estarão.

 

A oposição composta pelos personagens da política tocantinense testados nas urnas e conhecidos em todo Estado, tem na senadora Kátia Abreu sua estrela ascendente. Pontua bem nas pesquisas desde o final de 2009, quando, nesta mesma época era a primeira a abraçar a candidatura de Siqueira, abrindo mão de disputar. Era segundo lugar nos testes de opinião.

 

No PMDB está claro: é Marcelo o candidato, caso esteja elegível para a disputa.  Com as bênçãos do Planalto. Se não puder, por qualquer motivo que seja, a bola da vez será Kátia Abreu.

 

A questão é que o assunto também não é pacífico. Junior Coimbra está tentado a disputar o governo. E pode ser a alternativa C palaciana. Estranho? Pois é o que se escuta entre os governistas. Se Eduardo não se viabilizar, abre-se um imenso leque de possibilidades: do próprio governador, que pode ir à reeleição, até Coimbra, passando por Sandoval e Vicentinho. Este último trabalha nos bastidores da justiça em Brasília fortemente. Tudo para não perder a cadeira para Marcelo Miranda. Se perder, também não terá condições de compor chapa majoritária.

 

E ainda temos o PV, que trabalha o nome de Marcelo Lélis como alternativa para majoritária. Ele vai bem para o Senado em Palmas e também no interior do Estado. Mas não descarta governo.

 

Outra interrogação é Ataides de Oliveira, agora senador em definitivo. Vai continuar buscando candidatura ao governo? Vai compor? Vai abrir espaço para Mário Lúcio Avelar disputar pelo PROS? Conjecturas.

 

Plano C

 

E por fim temos a terceira via, que improvisou um evento rapidamente depois do aniversário de Dulce Miranda, como que para dar uma resposta e sair do limbo.

 

Por lá estão o PP, que tem seu nome mais forte em Roberto Pires. Este, não fecha portas para ninguém. Conversa mais a esquerda, mas sonha mesmo em fazer dobradinha com Kátia Abreu.

 

E por lá está o PT, que sob o comando de Donizeti rejeita candidatura do PMDB que traga a senadora na cabeça de chapa. Na contramão de Brasília, vejam só. Há resistências também a Marcelo, segundo se escuta.

 

Os petistas defendem o novo petista, Nicolau Esteves. Melhor articulado para falar, Nicolau foi destaque entre os outros: Marco Antônio Costa e Borges da Silveira, no dito encontro da terceira via. Seu problema é de perfil.  O como é visto pela sociedade não inspira grandes expectativas de crescimento.

 

Entre os outros todos que colocam seus nomes, a surpresa deste final de ano é a aprovação do procurador Mário Lúcio Avelar entre os palmenses. O prefeito Carlos Amastha publicou em seu Twitter no dia de Natal, resultado de pesquisa que mandou fazer para medir popularidade e tendências para a próxima eleição.

 

Mário Lúcio pontuou acima de todos os outros nomes colocados na terceira via. Tem dois problemas: não tem estrutura financeira, nem estrutura partidária. Resumindo: não tem quem peça votos, nem dinheiro para contratar.

 

Aí já se mostra um dilema para a terceira via: vai com o mais viável eleitoralmente? Quem vai bancar o jogo?

 

Por essas e outras amigos, vamos fechar 2013, véspera de ano eleitoral, com muitas interrogações.

 

Entre elas, por enquanto, os destinos do PR, que era oposição até o dia da morte do senador João Ribeiro. Este, foi sepultado após velório dentro do Palácio Araguaia, à revelia da oposição, que o queria na Assembléia Legislativa, casa do Povo. João partiu sem deixar sucessor. Ronaldo Dimas não chegou a ser registrado como vice-presidente regional e Luana Ribeiro pode ser indicada presidente nos próximos dias pela nacional.

 

Se for isso mesmo, o partido permanecerá na oposição. Com tendência a se unir ao PMDB de Kátia e Marcelo.

 

Mas mesmo esse ponto segue indefinido até pelo menos janeiro.

 

Complicado, não? Pois é. Que venha 2014, com suas repostas então.

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