Por meio de nota, a Associação dos Cronistas Esportivos do Tocantins – Aceto, lamentou a decisão da Fundação RedeSat, de extinguir o programa de esportes que há vários anos é comandado pelo cronista esportivo Ademar Costa, no Programa Esporte Mais.
A Associação destaca que entende que a nova gestão tem todo o direito de tirar e colocar quem quiser, mas afirma que repudia veemente a afirmação de que Esporte na TV não seja cultura ou forma eficaz de colaborar na formação cultural e educacional.
Confira a nota na íntegra:
NOTA DA ACETO
ACETO LAMENTA EXTINÇÃO DO PROGRAMA ESPORTIVO NA REDE SAT
A Associação dos Cronistas Esportivos do Tocantins – Aceto, lamenta a decisão da Fundação RedeSat, de extinguir o programa de Esportes, que sempre existiu na emissora, e que há vários anos é comandado pelo cronista esportivo Ademar Costa, no Programa Esporte Mais.
A Aceto entende que a direção, a nova gestão, nomeada recentemente pelo Governador Siqueira Campos, tem todo o direito de tirar e colocar quem quiser, mas repudia veemente a afirmação de que Esporte na TV não seja cultura ou forma eficaz de colaborar na formação cultural e educacional de um povo, na informação clara, precisa, das atividades esportivas da Capital e do Tocantins.
A emissora alcança quase que a totalidade dos municípios tocantinenses e a grande audiência comprovada, era a forma de os cidadãos das pequenas cidades terem contato com a informação macro do esporte, independente de qual seguimento fosse, movimentando a opinião e fortalecendo o vínculo do torcedor tocantinense com seu time preferido, seja no futebol ou em qualquer modalidade esportiva, sempre com a cobertura isenta e compromissada, dos mais diversos profissionais que já passaram pela emissora estatal.
Remodelar, reformatar o conceito de televisão pública, é um direito inquestionável e inalienável do governante maior do Tocantins, mas deixar de fora da grade de programação, a informação esportiva, é no mínimo desconhecer a força que o esporte move. Ou talvez, não acreditar, que o esporte possa contribuir decisivamente para consolidar o crescimento do Tocantins. Não acreditar no mínimo de cidadania que todos nós almejamos e esperamos para todas as pessoas, especialmente daquelas que dependem e muito, dos trabalhos desenvolvidos pelos mais diferentes setores organizados da sociedade.
Neste sentido, a Associação dos cronistas está tentando contribuir de forma atuante e profissional, na defesa e fortalecimento da classe, com ações como o Congresso Nacional dos Cronistas Esportivos, realizado em maio do ano passado, contatos com veículos de imprensa, credenciamentos de profissionais e propostas de realização de cursos visando aprimoramento e profissionalização cada vez maior dos cronistas esportivos de todos os veículos existentes no Tocantins.
Para tanto estamos ultimando os preparativos para a realização do curso de Marketing e Gestão Esportiva para meados de março ou primeira quinzena de abril, voltados não só para os cronistas, mas para dirigentes esportivos, profissionais da área e acadêmicos de áreas ligadas ao Direito, Comunicação, Educação Física, Contábeis, Administração, promovendo uma apreensão de atributos necessários aos grandes desafios que estão sendo oferecidos ao Brasil na organização de grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas em 2016.
Com base nas ações elencadas acima, consideramos que a Rede Sat promovia e promove, em todos os quadrantes do Tocantins, a difusão e divulgação das noticias, não só esportivas, mas de todo cunho, propiciando uma mola de auxilio na formação do cidadão.
Para reforçar nossa indignação é só observar que todas as redes de televisão públicas do país mantêm em seus quadros, programas de esportes e coberturas esportivas, sem que isso seja considerado um luxo, um peso ou preocupação com a audiência, mas sim com base na informação, que deve chegar a todos os contribuintes.
Existe um ditado popular que diz “em time que está ganhando não se mexe”, então fica a nossa perplexidade pela extinção do esporte na Rede Sat, independente da afirmação do secretário de Comunicação do Tocantins ter afirmado recentemente “que o Estado não está preocupado com audiência”. Pode até ser, mas a qualidade deve ser a primícia da informação, em qualquer agente ou setor público preocupado realmente com a função pública que temporariamente exerce. Pode-se até abrir mão da audiência, mas do bom senso, jamais.
GILBERTO CORREIA DA SILVA
Presidente da ACETO
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