Os deputados estaduais aprovaram na noite desta quinta, 11, o projeto de lei do governo que reajustou o salário dos servidores da educação do magistério em 16,60%, no total acumulado de 22.74 incluindo os 5% já concedido em outubro do ano passado.
O deputado Osíres Damaso (DEM) foi o único que votou contra o projeto.Marcelo Lelis (PV) votou a favor, mas frisou que o governo poderia ter se esforçado mais para resolver o impasse. “Esse percentual tão pequeno podia ser resolvido”, retrucou.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, José Roque Santiago reafirmou ao Site RT no final da votação que a greve continua. Cerca de 90% votos dos professores da rede estadual de ensino estão de braços cruzados. “O governo se precipitou em aprovar o projeto sem analisar nossa contraproposta”, disse.
Josi argumenta sob vaias
A líder do governo Josi Nunes (PMDB) antes de votar a matéria foi na tribuna explicar o reajuste concedido pelo governo. A deputada explanou sobre o aumento da categoria desde o ano de 2002 e falou das alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Subisídios.
Mesmo ao som de vaias a deputada explicou detalhadamente sobre os valores da progressão horizontal e vertical da categoria. A deputada lembrou que o governo abriu diálogo com a categoria e discutiu o reajuste em cinco reuniões. “Não podemos cobrar agora o reajuste de 20 anos para um governo de seis meses”, argumentou.
No entanto a deputada ressaltou que “não é o que a categoria merece, está longe mas é um avanço”, disse.
Aragão defende governo
O presidente da Comissão de Educação da Casa , Sargento Aragão (PPS) também se pronunciou sobre o assunto e disse que a classe está reivindicando tarde o reajuste. Aragão disse que a culpa de não atender a categoria não é do governo. “A culpa é do sistema e dos que passaram por lá”, disse o parlamentar. O deputado questionou ainda o gasto com pessoal para o governo e a queda na arrecadação. De 2002 a 2009, segundo o deputado a categoria teve 36.1% de aumento.
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