Bancada governista esvazia sessão e impede convocação de secretários

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A ausência dos vereadores Wanderlei Barbosa(PSB), Milton Néris(PT) e Lúcio Campelo (PR), nas sessões de terça-feira, 3 e hoje, quarta-feira, 4, na Câmara Municipal de Palmas provocou uma situação atípica na Casa na manhã de hoje: a oposição passou a ter maioria. A oportunidade favorecia a aprovação em regime de urgência de dois requerimentos convocando os secretáriosde Infra Estrutura e Serviços Públicos, Jair Júnior e de Saúde, Samuel Bonilha.

Os requerimentos, apresentados respectivamente pelos vereadores Fernando Rezende(DEM) e Aurismar Cavalcante (PP), não puderam ser votados por que, percebendo a desvantagem, os vereadores Ivory de Lira (PT) e Hermes Damaso se retiraram de plenário, acompanhados por José do Lago Folha Filho.

"Isto é uma manobra da oposição para esvaziar o plenário e impedir o quórum para votação de requerimentos importantes para a população de Palmas", sustentou o vereador Valdemar Júnior, líder do bloco DEM-PMDB-PTN.Os três vereadores, que estavam presentes ao plenário no início da sessão, acompanharam boa parte dela da sala de reuniões.

Presidindo as sessões e a Casa durante a ausência de Barbosa, Cavalcante foi à tribuna protestar contra a atitude dos pares. "Esta Câmara custa aos cofres públicos R$ 1,2 mi(Um milhão e duzentos mil reais) por mês senhores. E se é para ficar aqui só assinando papel e aprovando o que o prefeito quer, vamos fechar esta Casa e dar este dinheiro para o senhor, vereador Bismarque, construir moradias populares", provocou o presidente em exercício, tendo o cuidado de dizer em seguida que não estava propondo o fechamento do parlamento, mas levantando uma situação "imaginária".

Outros projetos importantes foram apresentados na sessão desta quarta-feira, entre eles o do vereador Valdemar Júnior que propõe alteração na lei municipal que dipõe sobre o aumento na tarifa do transporte. "É que atualmente a competência é do executivo para analisar e aprovar estes aumentos, a Câmara fica assistindo de camarote os aumentos ocorrerem", explicou o democrata. O projeto de lei que altera o dispositivo atual, e obriga os aumentos a terem a anuência da Câmara de Vereadores tem o apoio do vereador Bismarque do Movimento (PT), líder da bancada de sustentação do prefeito.

Sem orientação do líder

Ouvido pelo Blog da Tum logo após a sessão, o líder da bancada do prefeito negou que tenha orientado os companheiros a esvaziarem o plenário para frustrar a votação dos requerimentos em regime de urgência. "Eu não orientei e tenho certeza de que o prefeito também não. Até por que eu não sigo esse tipo de orientação", afirmou. De fato, o vereador foi o único a permanecer em plenário e sustentar o debate com a oposição em torno deste e de outros assuntos levantados na sessão desta quarta-feira.

Instado a apresentar a justificativa de sua bancada para se ausentar do plenário mesmo permanecendo na Casa, Bismarque não respondeu por eles: "Não sei. Vou ligar pra eles e cobrar uma resposta", finalizou.

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