O deputado Valdemar Jr. (PMDB) expôs na Assembleia Legislativa, em meio à ironia que lhe é peculiar, a situação em que se encontra a base governista hoje na casa: em crise e discutindo a relação em público.
“Mulher que reclama do marido em público é duas coisas: chifre ou separação”, vaticinou.
O motivo mais recente são críticas de deputados governistas como Nilton Franco e Ricardo Ayres ao secretário Paulo Afonso Teixeira, da Sefaz, e as de Elenil da Penha à Sesau.
Os deputados que criticam estão cobertos de razão: os problemas estão acontecendo, como é o caso da falta de remédios e insumos nos hospitais públicos. Não é por que são da base do governo que devem ficar calados.
O problema que Valdemar aponta está na forma: as críticas públicas. Aí vem o reverso da medalha: os parlamentares têm sido ouvidos por quem? E quando ouvidos, os problemas são resolvidos?
O que se escuta nos bastidores é que não.
Corte de 20% nos comissionados e entrega de cargos
Para a semana que vem, quando retorna dos seus dez dias de Paris, o governador Marcelo Miranda, chega com problemas a enfrentar. O primeiro é o corte inadiável na folha de pagamento, este quem tem sido “empurrado” sempre para o quadrimestral seguinte.
Vi um ofício do Comitê Gestor, assinado pelos super secretários que comandam o governo hoje, pedindo que cada pasta indicasse os servidores e comissões que poderia cortar. Na casa dos 20%. O prazo era o fim de novembro. Não sei quem respondeu, mas os que ouvi são unânimes em dizer que não têm como cortar. Não têm de onde e não vão sacrificar os poucos companheiros.
De outra fonte ouvi que é do comitê gestor também a orientação - esta não oficializada em papel - para que os secretários de Miranda, todos, sem exceção, entreguem os cargos. “Colocando à disposição fica mais fácil para o governador decidir onde muda, quem sai e quem fica”, me disse uma fonte.
Pelos sinais de fumaça, podem oscilar entre 6 e sete pastas, as que devem ter o comando trocado. Na balança estão os cargos dos secretários da Fazenda, Paulo Afonso; da Saúde, Samuel Bonilha; da Educação, Adão Francisco; da Agricultura, Clemente Barros; e do presidente do Itertins, Júlio César. Mas podem ocorrer mudanças também no Planejamento e na ATS.
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