Depois que a deputada Luana Ribeiro (PR) desancou o governo chamando o Estado de "caloteiro" o deputado César Halum (DEM) – governista – passou próximo da Tribuna da Imprensa e comentou que Luana teria acabado com a festa dos profissionais da imprensa. De acordo com ele, os profissionais estariam ali para serem homenageados e os ataques da colega estariam fora de lugar.
Depois do comentário, Halum ouviu de um jornalista que estava no local: “O senhor fala isso porque não é seu salário que está atrasado”. O democrata não devolveu o comentário.
Sem voz
Já no final da sessão um outro jornalista, que estava na Tribuna da Imprensa, pediu a palavra ao presidente Junior Coimbra (PMDB). Apesar dos apelos de alguns deputados, para que o espaço fosse concedido, Coimbra negou alegando que o regimento da Assembléia vetaria a concessão da fala.
O jornalista não gostou da reposta e falou assim mesmo. Disse que a sessão era uma farsa e uma hipocrisia. Segundo ele, a imprensa seria uma “boneca fardada” que “dá vida a nulidades”. As nulidades, explicou depois, são os deputados que trabalham em causa própria e tem seu espaço na mídia garantido.
Sem diploma
A líder do governo, deputada Josi Nunes (PMDB), também acabou ouvindo o que, provavelmente, não queria, um jornalista chamou a peemedebista e reclamou da sessão solene afirmando que ela seria desrespeitosa.
Os profissionais reclamaram do fato dos dois “jornalistas” homenageados não terem curso superior na área. Josi ouviu, sorriu sem graça e deixou pra lá. Os que reclamavam disseram que a homenagem a Waldir Braga e Otávio Barros é justa, mas que os dois seriam historiadores e não “exatamente” jornalistas.
Pensar mais
Alguns colegas que estavam na sessão a trabalho e não para serem homenageados brincaram afirmando que, da próxima vez, antes de falar em homenagear os jornalistas, os deputados vão pensar duas vezes.
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