Briga dura para federal movimenta governistas nos bastidores

Governo estimula Otoniel a lançar seu filho, Sandoval convida Dorinha para compor chapa majoritária como vice: entenda movimentações para acomodar os aliados a federal, e avançar nas bases adversárias

Professora Dorinha: convidada a ser vice
Descrição: Professora Dorinha: convidada a ser vice Crédito: T1 Notícias

Amigos, enquanto as articulações se afunilam em torno das chapas majoritárias e vai chegando a hora da verdade para os diversos pré-candidatos a governo do Estado, uma outra briga ganha contornos nos bastidores: a dos proporcionais.

 

Se eleger deputado estadual é possível com segmentos bem construídos e nem tanto dinheiro em alguns casos -  vide José Roberto, do PT na eleição passada – a disputa de vagas para federal é outra conversa. A começar pela legenda: são cerca de 100 mil votos para garantir uma cadeira.

 

Enquanto as oposições se organizam para construir coligações que permitam condições de eleição para nomes como Freire Jr. (PV), Sargento Aragão e Eli Borges(Prós), de outro lado, no governo, que tem prefeitos para distribuir na cota de cada aliado, a disputa é de foice no escuro.

 

Como garantir por exemplo, a eleição do ex-vice governador, João Oliveira, sem atropelar os antigos aliados?

 

Além da divisão do espólio eleitoral dos prefeitos, ainda tem a determinação de minar adversários.

 

Em Porto Nacional, por exemplo, foi lançada a pré-candidatura de Vicente Júnior, conforme antecipamos aqui. Aécio Neves não foi, mas isso é só um detalhe.

 

A questão é que se o filho de Vicentinho será candidato de um lado, de outro o governo estimula o lançamento de Otoniel Filho. Um projeto que não tem a simpatia do pai, prefeito Otoniel Machado, pelo que se ouve nos bastidores. Uma vez candidato, o filho de Otoniel teria que ter “automaticamente”, o apoio por exemplo, de Toinho Andrade, deputado do PSD, que dobra, originalmente com Irajá Abreu.

 

E por aí vai.

 

Dorinha vice de Sandoval

 

Na esteira das articulações do fim de semana, a deputada Professora Dorinha -  que acaba de cravar uma grande conquista com a aprovação do PNE, em que teve papel de destaque – recebeu um telefonema do governador Sandoval Cardoso.

 

Na conversa, o convite para ser candidata a vice-governadora dele. Mulher, com perfil moderno, base na capital e votos diluídos no estado todo, Dorinha teria um excelente perfil.

 

A questão de fundo, que não foi colocada, obviamente, é que Dorinha na chapa abre uma vaga na Câmara, tornando mais fácil a acomodação dos sonhos dos aliados.

 

Esta semana, sem falta, deve evoluir a discussão e pode-se chegar a uma definição em torno das coligações proporcionais. Elas é que vão definir onde será mais fácil ou mais difícil garantir melhores condições de eleição a proporcional.

 

Para federal, desde já, não está fácil. Para estadual são outros quinhentos. Volto depois para falar sobre isto. 

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