Caminhando para o Dia D: Uma eleição não vale o sacrifício das nossas virtudes

Segunda, 1o de Outubro. Começo de uma semana intensa a cada dia que nos separa do dia D. Domingo, dia da eleição.

 

Muito do que vai acontecer no dia 7 já está definido. Falo das pessoas cujo voto está cristalizado e não muda. Seja em Palmas, Gurupi, Natividade, Aurora ou no Bico do Papagaio.

 

Tem gente que sabe muito bem o que quer e o que não quer. São a maioria do eleitorado?  Difícil saber a esta altura. Uma coisa no entanto é certa: estes dias finais são de uma sensibilidade extrema. É neste meio tempo que o indeciso se decide, ou até o decidido pode decidir deixar de votar na sua escolha inicial. O tempo para migração de um candidato para outro é curto, o que pode acontecer é decepção, insatisfação.

Mas sobre o quê afinal estamos decidindo? sobre propostas? sobre pessoas? Ou será que isso se trata de decidir mantendo a coluna ereta, e fazendo valer os valores que nos movem na cida, independente de uma eleição? Esta é que é a reflexão.

 

Nos maiores colégios eleitorais ainda existem no entanto os indecisos. Essa turma que ainda não sabe para quem vai entregar a chave do cofre e a vida da cidade pelos próximos quatro anos. A sua cidade.

 

Em Palmas, a reta final promete ser emocionante. São três debates até o final da semana, começando hoje pelo da Rede Sat. Um debate é sempre uma oportunidade para uma pegadinha. Quem não se lembra de Collor massacrando Lula, pelo medo naquela eleição em que o debate da Globo foi decisivo? O resultado foi um impeachment que marcou a história do Brasil.

 

Nas eleições de 2010 o debate foi ruim para os dois candidatos, mas Carlos Gaguim perdeu a oportunidade de passar segurança aos seus eleitores naquele debate da OJC. Diferença: 1% dos votos, numa eleição disputadíssima.

 

Dos maiores colégios eleitorais alguns resultados podem não ser tão previsíveis, em que pese a preferencia e vantagem de alguns candidatos. Quem arrisca dizer qual será o resultado em Porto Nacional? Em Paraíso? Ou até em Gurupi, onde Laurez vai muito bem no centro da cidade, mas está atrás de Mauro Carlesse em bairros populosos da cidade?

 

Em Palmas, a vantagem de Carlos Amastha registrada na nossa última pesquisa tende a diminuir nesta reta final. Não há nenhum motivo especial para isto a não ser a irresignação de Marcelo Lelis em “entregar” a campanha e por consequência a cidade ao adversário, que já é o fenômeno desta eleição no Tocantins.

 

Eleição, como aquelas disputas eletrizantes da Copa do Mundo, só termina quando acaba. Esta ainda não acabou. Há muito embate nas ruas nos dias que se aproximam.

 

O importante mais uma vez é lembrar que somos animais racionais, civilizados e que não vale tudo. Nunca pode valer tudo, por uma eleição. A vida continua depois dela. Um momento, por mais intenso que possa ser, não vale o sacrifício das nossas melhores virtudes.

 

Se bem ou mal, vai depender também das várias escolhas que fazemos neste momento. Um jogo que já entra nos momentos finais do segundo tempo. Mas qie de fato, ainda não terminou.

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