A campanha mais dura que vai nas ruas nesta véspera de estreia dos programas eleitorais no rádio e TV para os majoritários é sem dúvida a dos federais.
No Bico do Papagaio, a disputa tem sido grande, já que a região ficou sem seus dois candidatos tradicionais: Homero Barreto e Osvaldo Reis.
Nas demais regiões do Estado no entanto, não é diferente. Independente da coligação a qual pertençam, os candidatos a federal estão “trombando uns nos outros”, conforme contou um estadual conhecido ao Portal na semana passada.
E haja troca troca entre as lideranças. A conversa começa com um, chega outro e sobe a “proposta”. Pronto, é o que basta para o apoio mudar. O problema é que nem todos estão surfando nos recursos financeiros. Traduzindo: há os mais e os menos abastados...
Governistas têm disputa equilibrada
Entre os governistas, a faixa de votação estimada é mais ou menos a mesma. Há o primeiro time, composto pelos que têm mandato e portanto já estão com seus apoios mantidos, precisando apenas conseguir sustentar seu custo financeiro.
Na faixa dos 40 mil votos do time que encabeça a busca pelos votos, estão César Hallum, Lázaro Botelho e Professora Dorinha.
No segundo time, dos estreantes, há os com melhores condições de disputa, pelas características que exibem.
Vicente Jr. traz o apoio do pai, que é Senador e tem boa estrutura financeira. Herda também boa parte dos diretórios do candidato a senador, Eduardo Gomes. Tem boas chances de vitória.
A briga é boa também para José Geraldo, presidente do PTB. Além dos apoios que conquistou como deputado estadual, traz boa estrutura financeira e está entrando bem nas bases governistas.
O terceiro no segundo time, mas que também tem boas chances de chegar entre os eleitos é o novo palmense Tiago Andrino. da confiança do prefeito Carlos Amastha, foi um dos coordenadores da sua campanha e secretário de Relações Institucionais da sua gestão. Está caregando o apoio dos vereadores da base que são candidatos a deputado estadual e tem boas dobradinhas também pelo interior. Vem com boa estrutura financeira e certamente terá uma boa votação.
Embolados vêm três candidatos: João Oliveira, Beto Lima e Marcus Marcelo. O primeiro foi vice-governador e tem trabalhado com boa condição financeira, mas esteve muito tempo fora do processo e encontra dificuldades. O segundo e o terceiro são estreantes. Beto Lima conta com a astúcia e poder de articulação do pai, Adjair de Lima. Trabalha com estrutura própria de campanha e pede votos para Marcelo Miranda. É um dos que pode surpreender.
Marcus Marcelo é vereador em Araguaína,deve ter boa votação na cidade, pois conta com o apoio de Dimas. Mas seu resultado eleitoral é uma incógnita. Este é o grupo estimado na faixa dos 30 mil votos, mas que pode surpreender dependendo de como a briga se desenrolar entre os “cabeça de chave”.
Na oposição, Dulce dispara
Entre os candidatos a federal da oposição, é de impressionar o efeito Dulce Miranda. Não se assustem se ela chegar próximo de fechar a legenda. Após o registro do marido, candidato a governador Marcelo Miranda, o arrastão em torno dele a beneficia indiretamente.
Além do carisma que sempre teve e da tendência a colher o que plantou quando primeira-dama, Dulce Miranda tem arrastado lideranças de Norte a Sul do Estado. Mesmo evitando apoios que possam ferir as bases de candidatos aliados.
A expectativa para Dulce está acima dos 70 mil votos. Nenhuma das coligações duvida de que será a mais votada no Estado. Atrás dela, o favorito é o deputado Irajá Abreu, por dois motivos: a influência da mãe, Senadora Kátia Abreu, com a tendência a que as lideranças dela o acompanhem, e à boa estrutura financeira de sua campanha.
Irajá ganhou também um general eleitoral na figura do irmão, vereador Iratã Abreu, que comanda sua campanha na capital.
O jogo no entanto está bem embolado porque dois candidatos do PMDB trabalham com excelente estrutura financeira: Júnior Coimbra e Carlos Gaguim. Não é de se surpreender se o quadro mudar e apresentar surpresas.
Coimbra trabalha com o caixa alto. Suas contratações nas Arnos, capitaneadas pelo sobrinho, vereador Émerson Coimbra se alastraram nos últimos dias. É contrato a perder de vistas.
Gaguim por outro lado garantiu o apoio de Reis no Bico, e também trabalha com estrutura invejável. É um ex-governador, tem o que se chama “memória de urna” e está entrando onde pode. Só não tem o apoio do governo, que Coimbra evidentemente carrega e que tem gerado ciúmes na base de Sandoval.
O time da oposição se completa com três nomes importantes: a deputada Josi Nunes, que já sairá de Gurupi com uma votação expressiva e precisa garantir votação nos arredores e na região sul; o deputado Freire Jr. que luta pelos votos do PV e o que puder conseguir para fechar seus números e o Freitas do PT, que é uma incógnita eleitoral até agora.
De todo lado que se olhe, a briga bruta mesmo é para federal. A campanha mal começou para os majoritários, mas para eles já vai longe. E será sangrenta até o final.
(Atualizada com correções às 15h33)
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