A assistente social, Marla Cristina Barbosa, vai entrar com duas ações contra a Copese, comissão organizadora do concurso do Ministério Público Estadual- MPE, que aconteceu no último domingo, 27. De acordo com Marla, ela fez prova na Universidade Federal do Tocantins- UFT, em Gurupi, e por volta de uma hora depois do inicio do exame um fiscal a convidou para ir até a sala da coordenação onde teria alegado que a mesma estava eliminada por usar lápis.
“Já tinha uma hora de prova quando o fiscal me chamou dizendo que a coordenadora queria falar comigo. Aguardei numa fila por mais de 30 minutos e quando entrei me disseram que eu estava eliminada porque estava usando lápis, então perguntei que lápis, não acharam lápis comigo nem na minha carteira, dai resolveram me deixar entrar novamente pra fazer a prova”, contou a candidata.
Falta de informação
Segundo Marla, ao questionar de onde tinha vindo a informação que ela estaria usando um lápis ninguém soube informar e a coordenadora teria pedido que ela fosse encaminhada de volta para sala. A candidata contou ao Site Roberta Tum que cerca de dez minutos depois foi novamente chamada até a sala da coordenação e por ter ficado muito nervosa com a situação passou mal e foi atendida pelo médico que estava no local.
“Acredito que na segunda vez que me retiraram da sala mandaram um fiscal olhar minhas coisas, então me deixaram fazer a prova, mas já estava muito abalada. Minha pressão caiu, tive que ser atendida pelo médico, que até pensou que estivesse grávida. Minha única vontade era de ir embora”, afirmou.
Boletim de ocorrência
De acordo com a candidata, que estava concorrendo para a vaga de assistente social, ao terminar a prova foi até a delegacia de polícia e registrou um Boletim de Ocorrência. A candidata disse que também entrará com um mandado de segurança e um pedido de idenização por danos morais e financeiros contra a Comissão.
Desorganização
A candidata alegou ainda que vários erros foram cometidos pela comissão e que nenhum dos fiscais ou coordenadores usava crachá de identificação. Marla afirmou também que quando retornou a sala para dar continuidade a prova faltava menos de 1h30 para a conclusão do horário estabelecido em edital.
“Desorganização e falta de respeito é o que eu considero. Não fiz a prova, apenas preenchi gabarito. Não tinha condições de fazer a prova em menos de uma hora e meia, faltava mais de 42 questões para ler, fiquei muito mal. Me expuseram a muitos constrangimentos”, declarou.
Copese explica
De acordo com a presidente da Copese, Maria Dilma de Lima, consta em ata oficial do concurso que foi encaminhada a Comissão, que a candidata foi eliminada porque estava portando o lápis no momento que foi levada para coordenação.
O coordenador responsável pelo concurso em Gurupi, Ronivaldo Veloso Pulgas, informou ao Site Roberta Tum que havia tumulto de outros candidatos que estavam sendo eliminados no momento que Marla foi encaminhada a coordenação e por isso foi solicitado que a mesma retornasse depois.
Ronivaldo afirmou também que acompanhou todo o acontecimento e Marla alegou que estava grávida, e passando mal. Ainda segundo o coordenador a candidata fez ameaças e afirmou que se perdesse a criança ele seria o responsável, por isso permitiu que a mesma retornasse a sala e finalizasse a prova, mas ela já estava eliminada.
“No momento que eu acompanhei a candidata ela estava portando um lápis verde. Depois me disse que estava passando mal, cruzava as pernas, afirmava que estava sangrando e perdendo líquido. Por diversas vezes ela me disse que se perdesse o bebê a culpa seria minha. Então encaminhamos a candidata ao médico que informou que a mesma só estava nervosa”, afirmou.
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