O mau cheiro insuportável, e a carreta tombada já pelo terceiro dia na curva do Mirante em Taquaruçu tem atraído populares e curiosos para o local do acidente onde o motorista que se identificou apenas como Souza, perdeu o freio na manhã do feriado de sexta-feira, 1. “A gente estava esperando o guindaste que vinha de Goiânia, mas ontem à meia noite eles ligaram desistindo de vir, então o resgate vai ser feito com três guinchos daqui mesmo”, disse o motorista da carreta que voltou ao local do acidente na manhã deste domingo,3.
Segundo Acirene Monteiro, 48, que testemunhou o acidente, o motorista foi muito hábil e consciente, pois ao perceber que perdera o freio desceu com a carreta engatada e buzinando para alertar quem estava no caminho, deixando para saltar à beira do despenhadeiro, quando já não havia mais o que fazer. “Estava chovendo, e tinha poucos carros no estacionamento, mas ninguém foi atingido”, disse a comerciante, que serve tapioca, entre outros lanches e suspendeu as vendas, assim como o acesso à Cachoeira da Roncadeira, um dos principais atrativos turísticos do distrito.
Animais morrendo
O que mais está incomodando os moradores de Taquaruçu que fazem verdadeira romaria ao local do acidente, é que até a manhã de hoje mais de dez cabeças de gado ainda estavam vivas e se debatendo na carroceria tombada, sem que fossem retiradas do local. As carcaças do gado que morreu há dois dias já estão em estado avançado de decomposição, o que aumenta o drama dos animais que estão machucados e sem ter como sair.
“Nós não podemos fazer nada, a responsabilidade é da empresa dona da carreta, e do dono da carga. Por se tratar de patrimônio, eles têm que acionar a seguradora para fazer a retirada do carro e dos animais”, informou agora pela manhã o Tenente Lindomar, do Corpo de Bombeiros, que se encontrava no local do acidente. “Pode ter certeza de que se houvessem sobreviventes para ser retirados, ou mesmo corpos, o Corpo de Bombeiros estaria trabalhando dioturnamente”, afirmou.
A comerciante Acirene Monteiro disse que na manhã de ontem acionou todas as autoridades que pôde através dos telefones 0800 disponíveis, mas não houve atendimento. Ela teria tentado contato com Cipama, Naturatins,PM e Corpo de Bombeiros pedindo providências. Os animais em estado de putrefação estão próximos ao ribeirão Taquarussuzinho, uma das fontes de abastecimento de água da capital. Os dejetos - uma verdadeira gelatina de carne decomposta – estão descendo à serra rumo à água do ribeirão carregados pela chuva que cai no distrito há dois dias.
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