A reunião realizada na última quinta-feira, 8, entre União Brasiliense de Educação e Cultura – Ubec, instituição mantenedora da Faculdade Católica, com a direção, professores e alunos do curso de direito, realizada para tentar pôr fim ao impasse na instituição, teve efeito contrario. Com a decisão da Ubec em manter a diretora Clarete de Itoz e não atender algumas das reivindicações do colegiado do curso de direito, levou mais de dez professores a formalizarem seus pedidos de demissão e uma continuidade por tempo indeterminado da greve dos alunos.
Em entrevista ao Site Roberta Tum, na tarde deste sábado, 10, o professor Evandro Borges Arantes, representante dos professores do curso de direito da Faculdade Católica do Tocantins falou sobre a reunião. “O superintende da Ubec se reuniu separadamente com a direção, professores e alunos, só depois ele se reuniu com todos ao mesmo tempo. Após a reunião ele nos comunicou que não iria tomar uma decisão sem conversar com o Padre Décio, presidente da Ubec. No outro dia ele disse que teve uma teleconferência com o presidente da Ubec e que não iria fazer a intervenção no curso e ele não deliberaria a troca da direção”, disse Evandro.
Professores pedem demissão
Ainda segundo Evandro Borges, o posicionamento da Ubec foi inflexível diante de uma situação, que classificou como gritante de má administração. Evandro Borges relata que os professores foram obrigados a tomar a decisão de deixar a instituição. “O professor Pedro Biazotto foi sumariamente demitido e constrangido. Ele foi demitido na véspera da reunião, uma estratégia da direção”, disse.
Após a demissão de Pedro Biazzoto e manutenção de Clarete de Itoz na direção da Facto, mais nove professores protocolaram seus pedidos de demissão. Segundo Evandro, outros dois professores, que estão fora da cidade, protocolaram o pedido nesta segunda-feira, 12. Outro professor também teria manifestado que irá pedir rescisão indireta judicialmente. “Com a saída destes 13 professores o curso irá perder 29 disciplinas ao todo”, ressaltou Evandro Borges.
Alunos mantêm greve
“Nós vamos manter a paralisação, estamos estudando as medidas para interromper os pagamentos das mensalidades. Eles querem nos vencer pelo poderio econômico que a Ubec tem, eles estão usando esse poderio em algumas mídias para dizer estão tendo aulas e que a manifestação e de alguns alunos, na verdade não tem aula, o apoio é mássico de professores e alunos”, disse Valmir Mezzaroba, aluno do curso de direito é integrante do Colegiado da instituição. Valmir Mezzaroba ainda ressaltou que a direção se manifestou dizendo que se fosse preciso iria trocar todos os professores ela iria trocar, que tem capital financeiro para isso.
Católica se manifesta
A Faculdade Católica se manifestou através de uma nota oficial, onde diz que preza pelo ensino de qualidade e está procurando solucionar seus problemas administrativos. Confira a íntegra da nota.
Nota à imprensa
A Faculdade Católica do Tocantins tem entre suas missões oferecer o ensino de qualidade aos acadêmicos e formar profissionais preparados para atuar no mercado de trabalho.
Sobre a recusa de alguns alunos de assistir às aulas, a Faculdade respeita a livre manifestação. Reafirmamos que as aulas estão sendo mantidas normalmente.
As questões internas da instituição de ensino particular estão sendo resolvidas entre os acadêmicos, professores, diretoria e mantenedora, visando tão somente a qualidade do ensino superior, característica que faz parte da trajetória da Faculdade Católica do Tocantins.
Cordialmente,
Faculdade Católica do Tocantins
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