A ausência injustificada dos vereadores Lúcio Campelo, José do Lago Folha Filho e Bismaque do Movimento que estava em seu gabinete no momento da sessão provocou um discurso duro do vereador Aursimar Cavalcante(PP), que presidiu a sessão da Câmara Municipal na sessão desta quarta-feira. “Como todo cidadão trabalha, e bate cartão, o vereador também tem que comparecer à sessão e votar”, argumentou ele.
A sessão começou sem quorum para leitura da ata e deliberação de matérias. Dando a palavra aos vereadores Carlos Braga, e Fernando Rezende, inscritos, Cavalcante deu tempo para a chegada da vereadora Divina Márcia, e José Hermes Damaso, para dar andamento a sessão. A fala de Cavalcante, provocou a descida do vereador Bismarque do Movimento, do gabinete para o plenário, fazendo o número de sete parlamentares presentes, o que já permite votação.
“Corruptos”
“Fala-se muito em corrupção, mas de certa forma somos todos corruptos, até quando saímos da repartição para um cafezinho e demoramos mais tempo para voltar”, disse o presidente em exercício durante seu discurso. “Eu não concordo com o senhor, vereador. Nunca pratiquei um ato de corrupção e me orgulho disso”, rebateu Damaso. Cavalcante seguiu criticando os artifícios da bancada do prefeito para esvaziar o plenário quando existem projetos em pauta que contrariam os interesses do prefeito.
“É bom que a população saiba disto. Quando tem em pauta algum projeto que desagrade, eles chegam ali na porta da sala de reuniões e contam quantos tem. Se tem maioria para eles, o vereador entra. Se não tem, dali mesmo volta”, acusou o presidente em exercício,. Embora reconhecendo que é um artifício legal, Cavalcante disse que o considera errado: “Eu sei que é regimental, mas não acho correto”.
Justificativa
Usando a tribuna logo em seguida ao vereador Valdemar Júnior, o vereador Bismarque do Movimento, líder da bancada do prefeito, disse que ouviu o discurso do presidente em exercício, enquanto “despachava um eleitor no gabinete”. Bismarque defendeu a prática de esvaziar o plenário para obstruir a votação de matérias quando a bancada não concorda com os projetos em pauta, mas não tem número suficiente para derrubá-lo. “Esta prática não existe somente aqui, vereador”, justificou.
Apenas três vereadores justificaram suas ausências na sessão desta quarta-feira, 6. O presidente da Casa, Wanderlei Barbosa está em Brasília acompanhando movimentação da PEC que altera o número de vereadores, na CCJ, da Câmara Federal. Milton Néris passa a semana em São Paulo, em visita à Câmara Municipal da capital paulista, e Ivory de Lira justificou ausência por motivos pessoais. Os demais vereadores faltaram, se
Comentários (0)