“A CGU tem por prerrogativa fiscalizar a aplicação dos recursos federais, e nós identificamos no final de 2007, começo de 2008, uma série de irregularidades na aplicação destes convênios”, informou Israel Carvalho. Da CGU, segundo o coordenador de Operações Especiais, partiu a iniciativa de provocar a abertura de inquérito da Polícia Federal. A Força Tarefa foi então criada com a participação do MPF apurando as irregularidades que chamaram mais atenção.
“O papel aceita tudo, mas na prática é preciso ver se estes recursos estão aplicados de acordo com sua programação”, disse o coordenador. A irregularidades detectadas vão desde obras que não foram iniciadas, a obras com sobre preço e indícios de fraude em licitações. “Nós trabalhamos por amostra. Não podemos dizer que as irregularidades ocorrem em outros convênios que não foram auditados”, explicou Israel Carvalho.
Entre as fraudes detectadas estaria a abertura de empresas de fachada com o objetivo de fazer cobertura de propostas em licitações. O esquema de corrupção apurado pela PF envolveria o fato de engenheiros da Funasa atuarem ao mesmo tempo como fiscalizadores das obras, e responsáveis técnicos pelos projetos. A investigação abrange também possíveis ramificações na Funasa em Brasília.
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