As rodovias de acesso a cidade de Itacajá amanheceram bloqueadas, os moradores da região criaram o movimento “pró estradas” e desde as 2h da madrugada desta segunda bloqueiam a entrada e a saída de todos os veículos na região.
“Os índios que estavam na cidade não foram para as aldeias, os professores não foram dar aulas nas escolas da região. Está tudo fechado ninguém entra e ninguém sai. Fizemos um bloqueio com caminhões e tratores. Tem um caminhão em cima da ponte que liga Itacajá a Itapirantins. Nós só vamos sair de lá com uma resposta concreta, é um grito de socorro da gente”, disse Cideluan dos Santos Gil Melo, uma das moradoras que estão na manifestação.
Prefeitos apóiam manifestação
Em entrevista ao Site Roberta Tum, o prefeito de Tupirantins Mauro Martins (PR) disse que o município também é solidário à causa e terá também o acesso bloqueado a 10 km da cidade. “Itacajá iniciou a manifestação deles e nós estamos fazendo a nossa também, vamos fechar toda a região. O prefeito Almir de Itapiratins também está aqui, tem vários vereadores também apoiando essa manifestação”, disse o prefeito Mauro Martins.
Relato dos transtornos
Francisco Cirqueira Neto, morador de Itacajá e integrante do movimento “pro estrada” relatou por email ao Site RT um dos muitos dramas dos moradores que precisam transitar pelas rodovias da região.
”Por volta de 9h15 do sábado, 10, havia uma carreta, um caminhão e vários veículos pequenos atolados na rodovia que liga Itacajá a Santa Maria. Após uma hora de espera pela máquina que o Dertins enviou pra cá na sexta-feira, 9, após ficarem sabendo do protesto a ser realizado, foi retirada a carreta que estava atoada e eu pude passar por esse trecho e seguir viagem. Quando retornei, no mesmo trecho, isso à 1h15 da madrugada deste domingo, 11, não pude passar pois havia uma carreta parada no meio da rodovia por não conseguir subir a ladeira. Não havia como passar qualquer veículo. Junto com minha filha e uma professora que estavam comigo, fechamos o carro e saímos a pé, de lanterna na mão, andamos 8 Km quando, apareceu um senhor em uma moto que, a meu pedido veio a cidade, informou meus familiares e assim fomos socorridos. Chegamos em casa às 3h30 da madrugada”, relatou Francisco Cirqueira.
Movimento pacífico e apolítico
Os moradores relatam que o movimento “pró estradas” é um movimento pacífico, eles ressaltam que não querem entrar em confronto com ninguém, e que não têm bandeiras políticas partidárias. “É um movimento sem cores partidárias, com o único objetivo de reivindicar melhorias para nossa população. Estrada em condições de tráfego significa abastecimento no comércio, socorro médico em outras cidades para nossa população e muito mais. Significa cidadania. Em ano de eleição somos candidatos a Cidadãos”, desabafou Francisco Cirqueira.
Criticas a nota do Dertins
Quanto à Nota Oficial do Dertins Francisco Cirqueira relata que não procede a informação de que a Residência Rodoviária de Guaraí tem realizado periodicamente obras de melhoramento. "Hoje mesmo um ônibus escolar que transporta crianças da zona rural para as escolas na sede do município ficou grande parte do dia atolado, prejudicando as crianças que deveriam assistir às aulas, disse.
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