O Governo do Estado, sócio da Companhia de Energia Elétrica do Tocantins (Celtins), que é acionista da distribuidora de energia elétrica do Pará controlada pelo Grupo Rede Energia (Celpa), teria oficiado na semana que passou a empresa com sede em São Paulo para saber se a mesma se habilitou judicialmente para receber sua parcela na massa falida da Celpa.
Conforme adiantado ao Site Roberta Tum, por uma fonte que preferiu não se identificar a preocupação no governo é grande para não sofrer prejuízos.
Segundo informações extra-oficiais a Celtins e o Governo podem perder, juntos, caso a Celtins tenha perdido o prazo para se habilitar na Justiça, sua parcela num valor estimado em R$ 23 milhões de reais, que seria o patrimônio da Celpa.
O Processo de número 0005939-47.2012.814.0301, que trata da falência da Celpa, que quebrou ainda no ano passado, corre na 13ª Vara Cível na cidade de Belém no Pará.
Dívidas da Celpa são com Eletrobrás e BNDES
As principais dívidas da empresa, que é controlada pelo Grupo Rede Energia, e encontra-se em processo de recuperação judicial, são com a Eletrobrás, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outras instituições financeiras.
O Site Roberta Tum apurou que a Justiça do Estado do Pará publicou edital, em 8 de março deste ano, convocando todos os credores da empresa a apresentarem em 15 dias a declaração do crédito que lhes é devido pela Celpa. A Celtins também está inclusa entre as empresas credoras.
Segundo o Edital, a Eletrobras teria perto de 600 milhões de reais a receber da empresa paraense, considerando também o que é devido às subsidiárias da estatal. A Celpa tem ainda uma dívida de cerca de 1 bilhão de reais com bancos.
O maior credor entre instituições financeiras é o BNDES, com 235,3 milhões de reais. Outros 141,5 milhões de reais são com o Bradesco, 87,1 milhões de reais com o Itaú BBA (banco de atacado do Itaú Unibanco), 123,9 milhões de reais com o Banco da Amazônia e 76,1 milhões de reais com o Banco do Brasil. Além disso, investidores representados pelo Bank of New York Mellon teriam 443,6 milhões de reais a receber.
Os valores foram apresentados pela Celpa e ainda podem mudar, de acordo com a contestação dos credores.
Grupo Rede não responde
O Site RT entrou encontato com a assessoria do Grupo Rede, de São Paulo, ainda na sexta-feira, 23, para obter informações sobre o assunto, e confirmar se a Celtins habilitou-se dentro do prazo, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.
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