A Ministra Kátia Abreu(PMDB) começa agenda forte pela região Norte do Brasil, para implantar a Agência do Matopiba, nesta quarta-feira, 13, em Palmas.
O retorno da ministra, senadora tocantinense reeleita após duro embate contra a oposição e setores do próprio PMDB, partido para o qual migrou num acordo nacional, está cercada de simbolismos.
Será a primeira aparição pública de Kátia Abreu ao lado de Marcelo Miranda, governador ao lado de quem se elegeu. É também seu primeiro ato, como Ministra da República, no seu Estado. Um retorno após quatro meses de imersão nos problemas e na composição de uma agenda propositiva no Ministério da Agricultura e Pecuária.
O Matopiba é uma bandeira de Kátia Abreu, alçada à meta de governo do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Uma região pobre de infraestrutura e logística, carente de regularização fundiária, mas rica em terras que são de fato, a última fronteira agrícola do País.
Não por acaso, Kátia Abreu compõe o Núcleo Duro da presidente, que traça as estratégias da logística brasileira com investimentos maciços para os próximos anos.
A agenda que começa hoje no Tocantins se estende amanhã pelo Pará e de lá para os demais estados que comporão a Agência.
Kátia Abreu chega cedo à Palmas, é recepcionada por presidentes de Sindicatos Rurais, Faet, prefeitos e segue para o Tribunal de Justiça, onde assina, ao lado do governador Marcelo Miranda, o ato de implantação da agência.
Temer interfere e pacifica PMDB
No pano de fundo da agenda institucional, que ministra e governador cumprem nesta quarta-feira, esteve uma grande movimentação política em torno do PMDB, que terminou na mesa do vice-presidente da República, Michel Temer.
De lá, as disputas por espaço envolvendo o grupo hoje liderado pela deputada federal Josi Nunes e o grupo da senadora - que na condição de presidente do PMDB seguiu implantando comissões provisórias – voltaram pacificadas num acordo que divide espaço meio a meio.
As comissões criadas pela senadora e ministra serão referendadas, e os cargos na executiva divididos pela metade.
Nome de consenso entre os dois grupos, o ex-deputado Derval de Paiva será o presidente de uma nova comissão provisória, com a secretaria executiva a ser indicada pela Ministra.
Abre parênteses.
Na prática, nem Kátia Abreu quis permanecer à frente do PMDB - com a agenda que enfrenta hoje à frente do Mapa – nem o governador Marcelo Miranda quis se envolver diretamente no conflito.
A ordem do governador dada aos secretários, conforme um deles confidenciou ao portal, foi para que ficassem fora até da comissão eleitoral e “ deixar Josi ir sozinha”.
Fecha parênteses.
O fato é que com a agenda institucional caminhando e o PMDB pacificado os dois maiores líderes da legenda no Estado - ainda que não tenham sentado para resolver diferenças pessoais - protagonizam hoje um grande gesto público e cena histórica para as próximas gerações.
Se o governo da presidente Dilma recuperar a estabilidade política necessária para caminhar executando as políticas públicas por ela definidas como prioritárias, o Tocantins começa neste maio de 2015 a dar seu salto para uma nova etapa de desenvolvimento que a história invariavelmente mostrará.
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