Com rachaduras provocadas pela construção da usina de Estreito, escola ameaça desabar em Filadélfia: Seduc faz vistoria e contesta

A Escola Estadual Adeuvaldo de Oliveira Moraes, localizada na cidade de Filadélfia, ameaça desabar. O prédio tem rachaduras em várias partes, sobretudo no pavilhão mais alto. Segundo informações da diretora da escola, Betânia Maria, uma sala já foi i...

Construída há mais de meio século na cidade de Filadélfia e agora com sua estrutura comprometida pelos impactos causados com  a construção da Usina de Estreito, a Escola Estadual ADevaldo de Oliveira Moraes, ameaça desabar.

Segundo informações da diretora da escola, Betânia Maria Costa e Silva , os problemas na estrutura do prédio tiveram início ainda no ano passado e se agravaram após a cheia do lençol freático que atingiu a cidade. “Nunca tivemos problema algum na estrutura da escola antes da inauguração da usina, mas agora temos dois pavilhões com problemas, o mais alto está bastante comprometido”, declarou a diretora.

A diretora informou que encaminhou ofício a Secretaria Estadual de Educação comunicando o problema e que a pasta mandou uma engenheira à cidade para vistoriar a escola. “Assim que os problemas surgiram, comunicamos a Seduc por meio de ofício e eles mandaram uma engenheira para vistoriar o prédio, então nós estamos aguardando o resultado da vistoria para ver o que pode ser feito”, informou.

Sobre os riscos de continuar abrigando as crianças no prédio durante as aulas, a diretora afirmou que no momento não há nada que possa ser feito, já que na cidade não há outro local para onde as crianças podem ser transferidas. “Estou preocupada com as crianças, pois tenho medo da escola desabar, mas não temos outro local para transferir os alunos, então precisamos aguardar o resultado da vistoria feita pela Seduc e depois ver o que pode ser feito”, ressaltou.

Parte comprometida

A diretora informou também que uma sala de aula foi interditada porque não tinha mais condições para ser usada devido as rachaduras no prédio. “A parte mais grave é a do pavilhão mais alto que está bastante danificado, mas nós interditamos uma sala e estamos usando às outras”, finalizou a diretora.

A escola Adeuvaldo de Oliveira Moraes é uma das principais escolas da cidade e Filadélfia. Abriga, hoje, 280 alunos e oferece ensino do 1º ao 6º, o ensino médio completo e o Eja.

Sem risco eminentes

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação, informou que a vistoria não apontou riscos eminentes que possam vir causar um desmoronamento da escola. Ainda segundo a nota, no laudo técnico, as estruturas da escola possuem pontos comprometidos, entretanto, estes não são de grande magnitude.

 Veja a íntegra da nota

“A Secretaria Estadual da Educação (Seduc), por meio da Superintendência de Padrões Mínimos Escolares, informa, após vistoria realizada pelo corpo técnico especializado na unidade em questão, que a Escola Estadual Adeuvaldo de Oliveira Moraes, localizada no município de Filadélfia, não apresenta risco iminente que possa vir a afetar a segurança dos 280 alunos frequentadores da mesma. Conforme o laudo técnico, as estruturas da escola possuem pontos comprometidos, entretanto, estes não são de grande magnitude.

Vale ressaltar, ainda, que a diretoria da unidade já acionou a empresa responsável pelo consórcio da Barragem de Estreito para que a equipe técnica desta realize um laudo complementar, inclusive acerca do lençol freático que há no local, visto que os comprometimentos estruturais podem ser oriundos da própria construção da barragem.

Ainda conforme a Seduc, está em processo de conclusão a obra de construção de uma nova unidade estadual de ensino no município, prevista para ser inaugurada ainda no segundo semestre de 2012. Após a abertura desta escola, está prevista, também, a transferências dos alunos da Escola Estadual Adeuvaldo de Oliveira Moraes para a mesma, sendo ela mais moderna e espaçosa”.

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