Comissão de Ética aprova cassação de Demóstenes Torres: relatório agora vai passar pela votação da CCJ

Por unanimidade de votos, a Comissão de Ética do Senado aprovou nesta segunda-feira, 25, o parecer do relator do processo de cassação do senador Demóstenes Torres (ex-DEM), por quebra do decorro parlamentar. O advogado do senador, Antonio de Almeida ...

O Conselho de Ética do Senado aprovou por unanimidade de votos na noite desta segunda-feira, 25, o parecer do relator do processo de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (ex-DEM). Em seu parecer, o senador Humberto Costa (PT-PE) argumentou que Demóstenes Torres quebrou o decoro parlamentar ao colocar seu mandato à serviço do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Agora o relatório vai passar por análise da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, antes de ir a votação em plenário, onde será apreciado em votação secreta. Em relatório com 69 páginas, Humberto Costa afirmou que Demóstenes faltou com a verdade ao dizer que não sabia das atividades ilegais de Cachoeira.

O senador defendeu ainda que mesmo que os projetos de legalização dos jogos de azar não tenham avançado no Congresso Nacional, Demóstenes teria atuado como um “facilitador” do contraventor na Casa. Ainda no documento, Costa afirma que o contraventor Carlinhos Cachoeira “é um verdadeiro anjo da guarda” de Demóstenes.

Para o relator, “é de se concluir que a vida política do senador Demóstenes Torres, desde 1999, gravita em torno dos interesses da Carlinhos Cachoeira no ramo de jogos de azar”, afirmou Humberto Costa.

Defesa

O advogado Antonio de Almeida Castro, o Kakay, voltou a pedir aos senadores que desconsiderassem as informações obtidas pelas interceptações telefônicas da polícia que, segundo ele, foram vazadas de forma “sistemática e criminosa” para a imprensa e feitas de forma ilegal pela polícia.

Kakay pediu ainda que o caso fosse avaliado pelos 80 senadores em plenário onde espera um julgamento “isento, tranquilo e maduro”. “O senador Demóstenes rigorosamente não mentiu, omitiu e não cometeu nada que pudesse comprometer seu mandato. Não há questão objetiva que pode imputar quebra de decoro”. Ele nega qualquer ajuda ao contraventor por parte de Demóstenes durante seu mandato. (Da Agência de Notícias)

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