A Comissão Processante da Câmara de Piraquê começou a ouvir as testemunhas envolvidas no processo do prefeito afastado, Olavo Júlio Macedo (PPS), acusado, entre outras coisas, de participar de esquema fraudulento por meio da celebração de um convênio entre a prefeitura e uma instituição financeira, em agosto do ano passado.
Segundo informações do presidente da Comissão, vereador Márcio Andrade Cordeiro, o relatório ainda não foi finalizado porque faltam ouvir algumas testemunhas. “Das nove testemunhas de defesa já foram ouvidas sete, falta ouvirmos a testemunha do cheque moradia e do Banco Matone”, explicou
Cordeiro informou ainda que a testemunha de defesa do Banco não está sendo encontrada no endereço indicado pelo prefeito afastado. “Como o Olavo insiste para que ouçamos essa pessoa estaremos com esse processo parado enquanto não escutarmos todas as partes envolvidas”, informou
De acordo com o presidente, dois processos que pesam sobre o prefeito estão sendo concluídos, que são os relacionados ao parcelamento e não pagamento do INSS e recolhimento indevido da previdência. “Já os relacionados ao cheque moradia e ao Banco Matone, para serem concluídos, devem ser ouvidas todas as testemunhas’, informou.
Questionado sobre uma data para a divulgação do relatório da Comissão, o presidente esclareceu que é provável que depois do Carnaval se tenha um resultado. "O prefeito terá cinco dias para fazer as alegações finais, somente a partir disso, a Comissão poderá votar a decisão. Tudo isso deve ocorrer em 15 dias”, finalizou.
Entenda
Em agosto do ano passado a equipe da Delegacia Estadual de Investigações Criminais Complexas (Deic) realizou a prisão do prefeito de Piraquê,Olavo Júlio Macedo. Contudo, dois meses após a prisão, Macedo foi solto.
Em outubro o Ministério Público protocolou uma nova denúncia contra o gestor onde constava que, conforme apurado pelo Tribunal de Contas do Estado, durante análise da prestação de contas do município do ano de 2005, o gestor fraudou as licitações de forma consciente e voluntária, causando prejuízo ao erário. Olavo também é acusado de tentar coagir testemunha-chave nas investigações. (Colaborou Monik Helen)
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