O Sintet organizou nesta segunda-feira, 23, um movimento diante da Seduc, cobrando concurso para a Educação, para que o governo substitua contratos por servidores efetivos. É justa a reivindicação, uma vez que não só na Educação, mas também na Saúde, os contratos em grande número seguem suprindo a falta de profissionais concursados.
Se formos fazer uma conta simples, somando a deficiência de profissionais atualmente nestas duas pastas, e ainda na Secad, a projeção de vagas a serem abertas num futuro concurso do Quadro Geral, Educação, Saúde e Segurança ultrapassa a marca de 4 mil vagas com sobra. Para atender ainda ao pedido do deputado Elenil da Penha, que reflete uma necessidade real da Polícia Miliar, o concurso para soldado pode extrapolar em mais 500 vagas as mil inicialmente propostas. Ou o governo pode ainda criar um cadastro reserva na PM.
Extraoficialmente fala-se em mais de 40 cidades do Tocantins sem policiamento próprio. Uma castástrofe social de consequências imprevisíveis. Com policiamento, em regime de escala nestas cidades e reforço nas maiores do Estado, dificilmente mil vagas serão suficientes. Embora já melhore bem o gargalo vivido atualmente no policiamento ostensivo das cidades tocantinenses.
Novos hospitais em Araguaína e Gurupi, demandam por profissionais variados
A verdade é que apenas as duas estruturas que o governo ergue em Gurupi (já entregue em parte à população) e em Araguaína, onde as obras avançam a olhos vistos, já abrem uma demanda por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, técnicos e servidores da área financeira e administrativa.
Se conseguir fazer o concurso que pretende, o governador Mauro Carlesse será o primeiro, em duas décadas, a deixar a casa arrumada no que se trata de funcionalismo público.
Progressões e data-base no passivo a negociar
O que fica evidente, e o governo obviamente sabe disso, é que não há possibilidade de abrir novas vagas sem pagar o que é devido aos que aguardam, há anos pelo ajuste de contas das progressões e datas-bases acumuladas.
O governo conseguiu puxar as rédeas das despesas da máquina pública, com alto grau de sacrifício em muitas pastas. O resultado disso é um saldo positivo, que se não for comprometido, permitirá que Carlesse e sua equipe negociem e comecem a pagar o passivo acumulado.
Manda a responsabilidade fiscal, que apenas após esse imbróglio resolvido, o concurso seja lançado.
A vantagem é que poderemos ver um governador terminar seu mandato ano que vem, sem disputar eleição nenhuma e cumprindo os compromissos assumidos pelo Estado, independente de quem à frente do governo, os tenha feito, o que já será um grande avanço.
Vai depender desta margem que Carlesse precisa administrar, para sabermos efetivamente, quantas vagas serão abertas no próximo grande certame que o Tocantins viverá.
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