O encontro é uma iniciativa do Ministério da Educação, com apoio de organizações indígenas e diversas instituições parceiras como a Seduc – Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins.O encontro reúne representantes indígenas de 19 etnias dos estados do Tocantins, Maranhão e Goiás, que buscam aperfeiçoar a gestão de programas e ações, com membros do Ministério da Educação, de secretarias de educação e universidades, para serem encaminhadas à Conferência Nacional de Educação, a ser realizada em setembro, em Brasília.
A abertura atraiu grande público, que prestigiou a apresentação de dança dos povos Xerente e Karajá. Após a cerimônia, a índia Kawalá Karajá, em nome de todos os indígenas fez a abertura da conferência.
Entre as autoridades presentes na solenidade, a secretária de Educação e Cultura do Tocantins, Maria Auxiliadora Seabra Rezende, destacou a importância de todas as entidades envolvidas nas discussões e na elaboração de um novo programa curricular que possa atender as necessidades educacionais indígenas, considerando uma educação de qualidade e diferenciada.
“Esse momento é uma oportunidade ímpar para discutir a educação indígena no país, que tem direito a ter uma escola belingue, com educação de qualidade e diferenciada, respeitando a cultura de cada povo. Garantir escola pública que responda as necessidades dos indígenas e, que dessa conferência, a nossa região possa apresentar propostas para serem inseridas nos nossos estados e que colaborem para a construção de uma proposta nacional”, enfatizou a secretária.
O encontro teve ainda a presença da professora Nilze Maria Garcia Figueiredo, técnica da Coordendaria de Educação Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfaberização e Diversidade (Secad), do diretor de Assistência e presidente substituto da Funai, Aloysio Guapindaia, de representantes dos governos do Maranhão e Goiás, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), da Secretaria de Cidadania e Justiça, Teodora de Souza, membro da Comissão Nacional de Educação Indígena, do coordenador das organizações e Articulação dos povos do Maranhão, Lourenço Borges Milhomem Krikati, da Associação dos Índios Tapuia do Carretão de Goiás, Ademir de Jesus, do presidente do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena do Tocantins, Manoel Conceição Karajá, da diretora da Educação na Diversidade, Klívia de Cássia Silva Nunes, da coordenadora de Educação Indígena no Tocantins, Aldeli Guerra.
Além das diversas entidades presentes na abertura, também participam da Conferência os povos Apaniekra, Kaapo, Apinajé, Karajá Xambioá, Avá Canoeiro, Krepum Katejê, Guajajara, Krahô Gavião, Krahô Kanela, Guajá, Krikati, Javaé, Tapuia, Karajá de Aruanã, Ramkomekra, Karajá, Xerente e Krenjê.
Temáticas
A conferência conta com a participação de 200 delegados, sendo 140 indígenas e 60 integrantes de organizações governamentais e não-governamentais. Durante toda essa semana, eles discutirão 5 eixos temáticos referentes a educação indígena, territorialidade e controle social.
“Esse é o momento de propormos sugestões para uma educação de qualidade para chegarmos ao ensino superior, que respeite nossas diferenciações. Nós indígenas fomos escolhidos para representar todos os povos para buscar um novo modelo de educação e que venha atender nossos anseios. Nós esperamos que o governo atenda nossas propostas”, disse Ademir de Jesus, representante dos Tapuias.
No sábado o documento sobre as propostas de melhorias à educação indígena será finalizado e será feita aprovação do documento final. Também ocorrerá a escolha dos delegados para a I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena.
A Conferência Nacional, que ocorrerá em setembro, após a realização das 18 etapas regionais, vai ser o momento em que os delegados e delegadas elegerão um conjunto de compromissos compartilhados para orientar a ação institucional para o desenvolvimento da Educação Escolar Indígena.
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