Em seu pronunciamento na sessão desta terça-feira, 26, na Câmara de Palmas, o vereador Bismarque do Movimento (PT) lembrou que essa semana iniciam as discussões sobre as alterações no Código Florestal no Congresso Nacional, que visam diminuir as áreas de reserva legal e áreas de preservação permanente.
Segundo o vereador, o projeto de alteração do Código vai na contramão da história de luta de preservação do meio ambiente, pois em vez de criar condições para se conservar mais e melhor a natureza, apenas diminui a proteção das áreas ambientalmente importantes. Para o vereador, a aprovação do projeto que altera o código irá dar anistia total a quem cometeu desmatamento ilegal em áreas de preservação até o ano de 2008, beneficiando muitos criminosos ambientais.
Bismarque citou ainda que a maioria dos parlamentares federais tocantinenses são latifundiários que cometeram crime ambiental e que a alteração do código trata-se de interesse pessoal. “Só estão levando em consideração o valor da terra e não a preocupação com o meio ambiente. A maioria dos nossos parlamentares federais é de latifundiários que cometeram crime ambiental, por isso eles querem alterar o código florestal. É de interesse pessoal”, afirmou.
O vereador Jucelino (PRB) apoiou o posicionamento de Bismarque dizendo que “é mais fácil e prático desmatar e pagar a multa do que tirar uma licença ambiental”.
Bismarque disse ainda que o Congresso deveria levar em consideração propostas alternativas formuladas por organizações da sociedade que partem da premissa de que não há necessidade de haver mais desmatamento para aumentar a produção agropecuária.
O vereador Lucio Campelo (PR) também se solidarizou à opinião de Bismarque e citou o córrego Taquaruçu que corre o risco de secar em quatro anos caso seu manancial não seja preservado.
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