Convenção prorroga mandato de Reis até dezembro

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A Convenção Extraordinária do PMDB realizada na tarde desta segunda-feira, 2, na sede do Diretório Regional em Palmas selou a paz entre as principais lideranças do partido, à custa da renúncia de disputar a direção da sigla por parte de setores insatisfeitos com a condução dada pelo presidente regional, deputado Osvaldo Reis. Manoel Bueno, secretário de Governo sintetizou o espírito reinante no retorno ao auditório após suspensa a conveção para que os líderes se reunissem numa sala à portas fechadas: "Estamos unidos. Agora o PMDB está revitalizado. O governador foi informado por telefonee está satisfeitíssimo com o resultado conseguido, a união do partido".

Osvaldo Reis fez coro às palavras de Bueno: "Nós aqui estamos coesos. Já conversamos com o governador que é o grande líder do partido. Vamos apresentar a ele nos próximos 15 dias, uma agenda positiva com as ações que serão tomadas para fortalecimento do PMDB no Estado".

Ao sair da sala de reuniões e retornar ao plenário onde eram aguardados, compuseram a mesa, para fazer uso da palavra o deputado Sandoval Cardoso, ex-senador Carlos Patrocínio, Ítalo Pagano, Eudoro Pedroza, vereador Carlos Braga, Manuel Bueno, senador Leomar Quintanilha, deputado federal Osvaldo Reis, deputado federal Moisés Avelino, deputado Carlos Henrique Amorim, o Gaguim, deputado estadual Iderval Silva, deputada estadual Josi Nunes, ex-prefeito Derval de Paiva, deputado estadual Júnior Coimbra, presidente da ATM, Valtenis Lino, e presidente da UVT, Evandro Gomes.

Num dos discursos mais coerentes, o deputado Moisés Avelino argumentou que o PMDB é combatido em nível nacional por ser o maior partido do país. As divergências, segundo atribuiu o deputado, se deve "ao exercício da democracia" praticado pela sigla. O ex-governador relembrou seu ato há alguns dias em busca do apaziguamento da disputa, quando procurou Reis para conversar e esclarecer que nada havia entre os dois que justificasse animosidade. "Nós estávamos dando munição para a oposição" - argumentou Avelino - "O PMDB tem que deixar de ser a noiva que todos querem para passar a conduzir o processo. Que se divulgue e que se conquiste: nós vamos ter candidato a governador no ano que vem".

O senador Leomar Quintanilha usou a palavra para reforçar o discurso de união e dizer que a convenção decidiu "por aclamação, e por unanimidade" manter a executiva até o final do ano "superando nossas eventuais divergências", completou. O presidente da Assembléia Legislativa, Carlos Henrique Gaguim, a deputada Josi Nunes, e Carlos Patrocínio, além de Júnior Coimbra usaram a palavra. Este último para assegurar que abriu mão de uma disputa em prol da unidade do partido.

Poético, como faz seu estilo, o ex-prefeito Derval de Paiva encerrou os discursos dizendo que "agora, tudo está no seu lugar", numa citação à uma canção de Benito de Paula. Ele assegurou aos companheiros que estará na estrada a partir do mês que vem, trabalhando para fortalecer o partido em todo Estado. Ao final da reunião, questionado pelo Blog da Tum a respeito de sua pretensão de disputar a sucessão de Reis no final do ano, ou pleitear uma candidatura em 2010, Derval desconversou: "Candidatura é uma consequência, se for proveitosa, a tudo, se for conveniente, a nada".

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