Especialmente de encontrar parceria significativa (em milhões de dólares) para a construção da Hidrovia Tocantins.
Logística tem sido a palavra chave das reuniões que Kátia tem conseguido fazer com a presidenta Dilma Roussef. Sua maior ambição política: viabilizar a hidrovia, que de tanto ouvir falar e não ver caminhar, o tocantinense comum já acha que é lenda. Daquelas obras que a maioria espera nunca ver sair do papel.
Pois anotem aí: parece que agora vai.
A senadora encontrou na presidenta uma aliada. O trecho mais complicado (e caro), conhecido como “o pedral” está garantido por Dilma em conversa com Kátia. Recursos do Tesouro. Mas a obra é cara. Inclui duas eclusas. E pode revolucionar completamente o escoamento da produção no interior do Brasil. Barateando e facilitando.
Dos chineses Kátia recebeu uma sinalização mais que favorável: “Eles têm 30 bilhões para investir no Brasil. Precisam apenas acreditar na viabilidade dos projetos”, conta ela entusiasmada depois da passagem por Pequim e Xangai na missão de abrir um escritório da CNA e avançar na exportação de carne brasileira para o outro lado do globo.
Foram 10 dias sem comer carne. E a senadora é carnívora ao extremo. “Vou ficar mais 30 dias na China. Gostei muito de Xangai. Vou fazer uma imersão lá de um mês para aperfeiçoar meu inglês. Estudo até as 4 da tarde e depois posso fazer contatos, buscar negócios, parcerias vantajosas para o Tocantins e para o agro”, contava ela sem parar, durante entrevista que concedeu esta semana para o correspondente do Washington Post para a América Latina, sediado na Colômbia. Ele veio à Palmas para entrevista-la, no retorno da China.
Uma reunião importante avança na direção de que o governo federal abrace definitivamente o projeto da Hidrovia esta semana. O Ministério dos Transportes encomendou um estudo de viabilidade técnica. A presidenta terá acesso ao resultado nos próximos dias. A senadora encomendou por sua conta, três diferentes estudos. E todos são unânimes em apontar a viabilidade.
Pano rápido. Troca de cena.
Pela primeira vez eleito para um mandato federal em Brasília, o deputado César Hallum vai comandar outra Frente Parlamentar. Desta vez pela duplicação da BR-153. Mais do que necessária, esperada e reivindicada nos últimos anos, de forma individual e dispersa por parte de parlamentares do Tocantins e de Goiás.
Depois de vencer a batalha da redução da tarifa de energia, num esforço conjunto de diversas forças políticas que soube articular, Hallum lança a nova frente em Brasília na próxima quarta-feira, 28. E vai novamente contar com o esforço coletivo de diversos deputados, dos estados interessados na duplicação.
Cada um com seu estilo e dentro do seu raio de ação, a senadora Kátia Abreu e o deputado federal César Hallum excedem os limites convencionais de suas atuações como parlamentares. Inventando ainda o que não existe, se esforçando para aprender mais, romper novos horizontes, e criar redes de relacionamento que tragam mais para o Estado, os dois vão fazendo seu caminho.
É o que se espera da classe política: que entre uma eleição e outra, trabalhem, criem, ousem. Façam acontecer.
Taí dois que vão fazendo a lição de casa. Coincidentemente, os dois do PSD. Mas isso já é detalhe.
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