Defesa Civil condena prédio de loja que desabou, bombeiros retiram objetos do local

Foram retirados nesta terça-feira, 27, eletrodomésticos e móveis que estavam no interior da loja Hélios Móveis, na Avenida SE-01, que desabou parcialmente na tarde ontem, 26. Em entrevista ao Site Roberta Tum o representante da Defesa Civil do Municí...

Eletrodomésticos e móveis que estavam no interior da loja Hélios Móveis, na Avenida SE-01, que desabou parcialmente na tarde ontem, 26, começaram a ser retirados pelo Corpo de Bombeiros, na tentativa de reduzir parte dos prejuízos.

No local o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil do Estado, a Defesa Civil do Município, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado - Crea /TO e engenheiros responsáveis pela construtora tentam chegar a um denominador comum para evitar mais prejuízos. Em entrevista ao Site Roberta Tum o representante da Defesa Civil do Município, Marcelo Pereira Lima, afirmou que o prédio não tem mais recuperação deverá ser demolido.

A preocupação dos órgãos neste momento é garantir a segurança dos funcionários de cinco empresas adjacentes a loja que caiu que já estão sendo interditadas. “Queremos garantir a incolumidade dos funcionários das empresas próximas ao local do desabamento. Cinco lojas já foram interditadas”, explicou.

Ainda segundo Marcelo, o prejuízo da loja que desabou e das que estão interditadas ainda não foi calculado. “Ainda não podemos precisar esses valores finais, porque ainda não sabemos quanto tempo às empresas devem ficar paradas deixando de produzir e arrecadar. Isso vai depender da quantidade de dias que serão necessários para restabelecer a normalidade do local e essa data ainda não pode ser prevista”, explicou.

O representante da Defesa Civil do Estado, coronel Yuri, afirma que as sapatas do prédio estão abaladas, e que a escavação da construção ao lado da loja que desabou teria ultrapassado os limites permitidos.

“Foi cavado abaixo da estrutura das sapatas que sustentam as colunas do prédio”, afirmou.

O coronel adiantou ainda que o prédio de uma loja de telefonia celular localizada também ao lado da escavação está interditado provisoriamente e deverá ser feito algum serviço de engenharia para que escore a parede, para evitar possíveis desabamentos.

Obra legal

A escavação que acontecia no local segundo informações da presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado - Crea /TO, Roberta Castro, é legal e existe uma autorização com taxas pagas em dia.

“Dentro do contexto do Crea a obra está devidamente registrada e possui a RT de execução, que é a anotação de responsabilidade técnica que garante a execução”, afirmou.

A presidente esclareceu ainda que o Crea é um órgão que fiscaliza o exercício profissional e que não é pertinente a ele a fiscalização da obra. “Para se dar início a uma obra ele deve ter tido um alvará expedido pela prefeitura municipal. Não podemos direcionar nada ainda, iremos fazer um estudo em conjunto para chegarmos a um denominador comum para que não aconteçam outros desastres como este”, adianta.

Segundo o representante da Defesa Civil do Estado, coronel Yuri a escavação não foi feita corretamente. "A licença não diz como se deve fazer a escavação ela diz o que se deve fazer. A empresa pediu a licença para fazer a escavação e ela tem um procedimento correto, mas a maneira como a isso será feito é de responsabilidade da empresa. Ela extrapolou as normas e os limites da área, da segurança e fez procedimentos além do que poderia fazer”, esclareceu.

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