O fim da reunião do PMDB no diretório em Palmas, por volta das 14h40, foi tumultuado e colocou por terra todo o acordo que estava prestes a ser concluído. Segundo uma fonte do Site Roberta Tum que acompanhou a discussão até o final, todos “desabafaram” e expuseram suas mágoas. O acordo estava feito quando o ex-deputado Derval de Paiva colocou sua intenção de disputar a presidência do partido, sinalizando que esperava contar com o apoio dos companheiros.
Neste momento, o governador interino teria se alterado, dizendo que não tem acordo em torno da sucessão no PMDB. “Não vou negociar. Não negocio a presidência do PMDB”, disse ele já no corredor, em alto e bom som, deixando a reunião.
Derval nega condição
Na saída, logo em seguida, o ex-prefeito de Palmas, Derval de Paiva disse que em momento algum condicionou a retirada de sua candidatura como uma forma de troca de apoio para a presidência do partido. “Isto não existe, mesmo porque o governador não tem a presidência do partido para negociar. O que ele tem é cargos, e estes ele tem distribuído bem nos últimos dias”, disparou.
Também abalado, Derval disse que não vai retirar sua candidatura. “Eles que se quiserem, deixem de homologar, mas eu não retiro”, disse ele. Instado pelos jornalistas a responder se manteria sua chapa para a disputa, Derval disse que ainda vai pensar. “Se eles homologarem a chapa vou analisar. Não sou ingênuo. Os deputados deixaram bem claro que eu não tenho votos lá naquela Casa”, afirmou.
Unidade possível
Na saída, Derval, Moisés Avelino, Marcelo Miranda, entre outros líderes permaneceram diante do diretório, conversando debaixo da copa de uma árvore. O ex-governador Marcelo Miranda disse ao Site Roberta Tum que apesar do desfecho tumultuado a reunião foi boa, por que “abriu um diálogo”, e assegurou acreditar que seja possível chegar à unidade do partido.
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