Dia de escolher a política como instrumento do bem coletivo

Hoje é o dia da escolha que vai valer pelos próximos quatro, ou oito anos das nossas vidas. Uma escolha que deve ser feita visando o bem coletivo, e não individual...

Foi uma luta para chegarmos até aqui, neste 05 de outubro de 2014, um dos momentos de maior maturidade já vividos pelo eleitorado brasileiro.

 

Já se vão longe os dias em que as mulheres não votavam, em que os negros não tinham os mesmos direitos dos brancos garantidos em lei, em que o voto era naturalmente “de cabresto”, comandado aos pobres pelos ricos, os antigos coronéis.

 

Hoje o Brasil vai às urnas escolher entre candidatos a presidente das mais variadas ideologias. Os três que disputam verdadeiramente o comando do País, têm qualidade para tanto: Dilma, Aécio e Marina, cada um à sua maneira, construíram seu caminho para chegar ao dia de hoje disputando a preferência do eleitorado brasileiro.

 

Na pauta da discussão nacional esteve a capacidade pessoal para gerir o País, mas muito mais que isto, esteve a discussão do que cada grupo propõe como meio, como forma de conduzir os nossos destinos pelos próximos anos.

 

No Tocantins a campanha política, a discussão política ainda está muito presa aos grupos tradicionais e o que eles representam na alternância de poder no comando do Estado. É um debate que precisa melhorar muito, na qualidade, ao longo dos anos. De toda forma Marcelo Miranda, Sandoval Cardoso e Ataídes Oliveira colocaram suas propostas e o que pretendem fazer caso se elejam ao final da tarde de hoje.

 

Política, para quê?

 

Os últimos ataques, o rumo que a campanha na reta final, foram assustadores para muita gente. De repente, o eleitor se pega questionando a falta de limites, a baixaria, os ataques enraivecidos, a falta de equilíbrio. A política, mais do que qualquer outra área de atividade humana expõe com nitidez impressionante o caráter das pessoas. Ou a falta dele.

 

Muita gente foi para o tudo ou nada esquecendo-se que amanhã a vida continua, e as pessoas vão se encontrar por aí, na vida, na lida, nos mesmos lugares.

 

É bom que o discurso sustentado na campanha, seja coerente com aquele que se quer manter pelos próximos dias, meses, anos.

 

No meio do tiroteio e do vale-tudo que se viu nas duas semanas mais recentes, ouvir muita gente dizer: “nossa, como a política é um nojo!”.

 

Essa sensação é que desestimula muita gente até a votar, num dia como hoje, em que exercemos um direito que é fruto da luta de muitos, e conquista sofrida para vários segmentos da sociedade.

 

Política para quê? Votar para quê? Se pergunta boa parte do eleitorado.

 

Para mudar a cada dia, a vida da gente. Não individualmente. Não para fazer um muro, pagar uma cirurgia, trocar de carro. Não para garantir um emprego público, ou um salario melhor. Mas para mudar o coletivo. A vida do conjunto das pessoas. 

 

Política para o bem. Políticos cada vez mais comprometidos com a transformação da nossa realidade. Com o combate às injustiças, com o equilíbrio nas relações sociais, com os direitos humanos e civis, com o respeito às minorias.

 

Por isso, se não vamos votar pelo benefício próprio, porque votar em candidatos que utilizam o poder como instrumento de benefício pessoal? que usam seu mandato para garantir regalias para si e par os seus? que querem o poder como escudo para protegê-los das leis e das regras que são para todos, cometendo todo tipo de barbaridade com o poder da representação popular? Não dá.

 

Que o voto seja representação, verdadeiramente. E que a política seja instrumento do bem social. É com essa política que eu e tantos brasileiros, tocantinenses, sonhamos.  É ela que a princípio, deveria mover todas as escolhas que serão feitas hoje. Na medida do possível, é claro.

 

Aos desesperançados com a política, resta lembrar que aquele que não escolhe é escolhido. Sofre as consequências das escolhas de outros. Portanto, vamos às urnas. Vamos votar. Vamos tentar separar o joio do trigo, dentro daquilo que cada um acredita que seja o melhor. Não para si, mas para o conjunto da sociedade em que a gente vive.

 

Boa sorte Tocantins!

 

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