Dilma sanciona orçamento com fundo partidário triplicado: até aliados criticam

Vivendo um momento de divisão de poder e extremamente fragilizada com a constante ameaça de impeachment rondando o Congresso Dilma deixa passar um absurdo: mais de R$ 867 milhões para fundo partidário

Presidente Dilma Roussef
Descrição: Presidente Dilma Roussef Crédito: Da Web

A presidenta Dilma Roussef começa a semana, pós feriado, enfrentando a crítica velada de aliados, e o tiroteio aberto de ex-aliados, imo o presidente do Senado, Renan Calheiros, após sancionar na segunda-feira, 20, o Orçamento 2015 da União.

 

A publicação do documento acontece nesta quarta-feira, 22, e traz um duro golpe para as contas públicas, que já se sabe que não fecham: o fundo partidário, que era de R$ 289 milhões e meio ano passado, triplicou.

 

Este ano os partidos embolsarão para fazer seu proselitismo político a cifra de R$ 867 milhões e meio.

 

Em plena escalada do dólar, aumento da inflação e contingenciamento de despesas, é quase unanimidade na classe política que seria razoável que a presidenta vetasse o absurdo do aumento de recursos para o fundo partidário.

 

Em outros tempos, Dilma não recorreria a qualquer de seus conselheiros para vetar. Mas os tempos são novos, e de extrema fragilidade para o governo. A presidenta está refém do Congresso Nacional e assiste ao fantasma do impeachment lhe assombrar as noites, de vez em quando perto e às vezes mais longe, conforme roda a roleta dos interesses em Brasília.

 

Os líderes partidários só não deram ainda o start neste processo por que não estão bem certos do que ganharão com a retirada de cena da presidenta. E temem as incertezas a partir daí.

 

O ruim da situação vivida pelo governo Dilma, reflexo da crise moral e ética que desconstrói o PT e seus maiores líderes, é que ela afeta e prejudica a todos os brasileiros.

 

Estes milhões a mais que os partidos embolsarão, vão fazer muita falta. Um tiro no pé, que o próprio Congresso deu, mas que vai para a conta da já desgastada presidenta.

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