Divina Márcia contesta Folha e diz que não deu motivo para agressões

Se declarando "espantada com o tratamento agressivo" do vereador José do lago Folha Filho, e o que chamou de "pesadas acusações", feitas em entrevista a este site na noite de ontem, quinta-feira, 16, a vereadora do PTN, Divina Márcia entrou em contat...

Vereadora é verdade que a senhora tratou da adesão à base do prefeito em almoço com o vereador Folha e Júnior Luiz?

Divina Márcia – Não. Neste almoço a que ele se refere, e que aconteceu há cerca de 40 dias, não se tratou deste assunto. Foi um almoço de conciliação entre ele o Júnior Luiz, do qual eu participei.

A senhora relatou problemas com o governo, que teriam um prazo para serem resolvidos?

Divina Márcia – Nós não tínhamos problema com o governo. A questão a ser discutida era a do grupo do PTN, e não minha pessoal. Quem sou eu para dar um prazo para o governo? Eu sou uma autoridade municipal, não tenho que fixar prazos para o governo. Pertenço a um partido que foi estruturado na base do governo, e com todo respaldo deste grupo político.

O vereador coloca que a senhora teria sido beneficiada na reta final da campanha, é verdade?

Divina Márcia - Se isso tivesse acontecido, como ele coloca, minha votação teria sido superior à dele. Ao contrário, a informação que eu tenho é que pelo carinho e consideração que o governador e seu pai sempre tiveram ao vereador Folha, ele é que recebeu toda atenção e estrutura na fase final. É importante dizer que nunca prometi lealdade ao governador e ao Dr. Brito. Sou leal por uma questão de princípios, já o vereador Folha prometeu.

Como assim?

Divina Márcia – Um dia antes da eleição, olhando nos olhos do governador, o vereador Folha lhe disse que estaria ao lado dele até o fim. Por isso, no dia da posse, o governador estava ao meu lado na mesa, e o vereador não teve coragem de encará-lo de frente.

E quanto ao fato da senhora ter traído um compromisso feito com o grupo, de manter o partido na minoria?

Divina Márcia - Os meninos estiveram comigo no meu gabinete e conversamos muito, mas não batemos o martelo de que o partido ficaria na minoria. Não houve esta decisão. Eu sempre respeitei as posições do vereador Folha. Quando ele me procurou dizendo que iria para a base do prefeito por que tinha muitos compromissos a cumprir e estava sufocado, eu lhe disse que o entendia. Agora o que ele fez é grave, me ofender sendo que eu não o ataquei, é decepcionante.

Qual é o motivo disso?

Divina Márcia - Não sei, por que até outro dia o vereador Folha me tratava com carinho, com respeito, me protegendo. Em momento nenhum eu o ofendi como pessoa, ou parlamentar. Muito me admira ele ter me atacado sem ter ouvido o que eu disse. E vocês podem ter certeza, mesmo que outros venham a aderir à base agora depois da decisão isolada tomada por ele e pelo Júnior eu não ficarei sozinha, como foi dito em outro veículo de comunicação. Até por que eu tenho comigo 1551 eleitores, e principalmente o mestre maior, Jesus Cristo, a grande excelência de todas.

Há algo mais que a senhora queira esclarecer?

Divina Márcia - Sim. Em nenhum momento o governador pediu a cabeça do Júnior Luiz, ou sugeriu que eu assumisse o lugar dele, como chegou a ser veiculado. Até por que ele não é homem de retaliações. Para nós, o presidente nacional disse que não poderia desconsiderar que o partido cresceu muito no Estado. Mas cresceu com a estrutura de quem? Com o apoio de quem? Não foi o Júnior Luiz que fez estes 17 mil votos. Querer dizer que ele fez o partido aí não.

A senhora chegou a pedir cargos?

Divina Márcia – Jamais houve esta conversa. Aliás, na sua entrevista, o vereador diz que eu pedi metade dos cargos dele na Mesa Diretora. Isso nunca existiu. Pode falar com o vereador Wanderlei Barbosa, Milton Néris, se algum dia houve qualquer fala minha neste sentido. Agora convites para que eu fosse para a base do prefeito eu nunca deixei de receber, desde o início, toda semana. Fico feliz por que significa um reconhecimento do meu trabalho, mas sou fiel à base que me elegeu, como seria se tivesse sido eleita pela base do prefeito e ele perdesse a eleição.

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