Durante fórum, Fieto apresenta proposta de investimentos para elaborar Plano de Logística para Estado

Uma palestra ministrada pelo diretor de Indústria da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Estado do Pará, Rodrigo Garcia, apresentou propostas de investimentos em logística. O evento destina-se a coletar subsídios para elaboração do Plano...

As propostas de investimentos em logística levantados por meio do Projeto Norte Competitivo foram apresentadas em palestra ministrada pelo diretor de Indústria da Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Estado do Pará, Rodrigo Garcia, que representou o secretário da pasta, David Leal, a convite da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins. A palestra fez parte do Fórum Tocantinense de Ciência, Tecnologia e Inovação com o Eixo Temático - Logística que acontece durante toda a tarde desta quinta, 15, no auditório da Universidade do Tocantins - Unitins, em Palmas.

O evento, realizado pela Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia com a parceria de instituições como a Fieto, destina-se a coletar subsídios para elaboração do Plano de Logística para o Estado do Tocantins. Também estão sendo levantadas as proposições que irão compor o PBLog – CFA – Plano Brasil de Infraestrutura Logística a ser implementado pelo Conselho Federal de Administração, por solicitação da Presidência da República.

Na abertura do evento, José Fernandes falou sobre o fato do Brasil ser a 6ª economia mundial e ainda assim ocupar apenas a 65ª posição em competitividade. Como razões para isso, apontou a falta um projeto de país de cunho sistêmico e de longo prazo, o alto custo dos tributos e do crédito para as empresas, a falta de uma política que privilegie a formação de capital humano, falta de investimento em infraestrutura e o alto custo de logística das cadeias produtivas.

“Um traço comum aos países desenvolvidos é a prática histórica de investimentos e infraestrutura visando aumentar sua capacidade de conquistar e manter novos mercados. O Brasil precisa seguir o mesmo caminho a fim de reduzir suas assimetrias socioeconômicas e se desenvolver de forma integrada e sustentável como fizeram aqueles países”, disse Fernandes apontando alternativa para mudar o cenário desfavorável do País em relação à competitividade.

Outra opção apontada, por meio da palestra do diretor de Indústria, Rodrigo Garcia, são os investimentos em logística previstos no Projeto Norte Competitivo, tema de sua palestra. O projeto foca o desenvolvimento dos estados da Amazônia Legal por meio de investimentos em logística reunidos em um plano já apresentado para representantes de governos destes estados.

Garcia demonstrou na apresentação a metodologia da pesquisa que apontou gargalos da área de logística dos 9 estados da Amazônia Legal e soluções integradas que beneficiem o escoamento da produção em todos eles (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). Segundo ele, o objetivo maior da explanação foi mostrar que esse projeto realmente atenderá não só aos anseios de um estado, mas de toda a Amazônia Legal.

“Não é interessante realizar novos estudos em separado e sim enfatizar esse que congrega 9 estados e somar com outros estudos mais particulares de outras regiões para embutir nesse estudo único e quando nós formos pleitear [a implementação dos investimentos] no Governo Federal, falemos uma só voz”, explicou esclarecendo serem investimentos pertinentes à esfera federal.

Participaram da abertura, Joaber Machado, da Universidade do Tocantins, Andrea Stival, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Tocantins – FAPT, o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Borges da Silveira, o secretário de Indústria e Comércio, Paulo Massuia, a presidente do Ruraltins, Miyuki Hiashida, dentre outros representantes das instituições parceiras do Fórum.

Norte Competitivo

O estudo sugere a viabilização de projetos como a construção de hidrovias, eclusas, ferrovias e até mesmo a reforma de ligações viárias já existentes. Ao serem realizados projetos como estes, o resultado seria a diminuição dos custos com o escoamento da produção destes 9 estados e o aumento da competitividade destes estados no cenário nacional.

Para a implementação dos 9 eixos de integração, o projeto prevê um investimento de R$ 14,1 bilhões de reais, valor bastante razoável quando avaliado que o retorno se daria em apenas 4 anos, segundo o estudo.

O projeto foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria – CNI à Macrologística, empresa que atua no desenvolvimento de projetos de infraestrutura logística. (Assessoria)

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