O ato de assinatura da homologação do Concurso da Educação tinha tudo para ser mais uma ação protocolar do governo na noite deste domingo, 28, mas acabou marcado pela resposta firme e segura do governador Carlos Gaguim (PMDB) às cobranças diretas e indiretas feitas pelo presidente do Sintet, José Roque ao governo.
O sindicalista discursou primeiro, e ao falar da saída do secretário Leomar Quintanilha, que reassume cadeira no senado na próxima semana, pediu ao governador que nomeie um servidor de carreira da Educação para o cargo: “Queremos um secretário que conheça a realidade da sala de aula. Esta é uma reivindicação antiga da classe”, disse Zé Roque.
Quem escolhe "é o governo"
O governador Carlos Gaguim engoliu em seco e deu sua resposta, ao falar em seguida. “Você tem todo direito de fazer suas reivindicações em nome do sindicato, mas este governo não pode ser pressionado, não pode ser cobrado, por que em seis meses já fizemos mais do que foi feito nos últimos dez anos”, disparou Gaguim.
Citando o reajuste de mais de 25% de ganho real concedido em seu período, o governador foi além, e disse que tem trabalhado “acelerado pela educação”. Ele disse que não aceitará pressão sobre indicação do gestor da pasta que vai substituir Quintanilha. “Quem escolhe secretário é o governo, e nós já temos bons nomes para escolher entre eles quem assumirá”.
Reconhecendo Dorinha
O governador lembrou que suas ações não têm tido cunho político, mas administrativo, e lembrou: “Este salão do livro não é projeto nosso. É da ex-secretária, mas nós mantivemos, aumentamos a estrutura, por que não estamos aqui fazendo política, mas valorizando a educação”, falou novamente interrompido por aplausos.
Sem número definido para chamar
Embora tenha homologado o resultado do concurso que abriu mais de duas mil vagas na Educação, o governador Carlos Gaguim não precisou a quantidade de servidores que serão chamados. “Eles serão convocados gradativamente, de acordo com a necessidade”, disse em entrevista coletiva, após o evento.
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