Editorial: Lula, a usina e a nova dimensão do Tocantins

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está chegando esta manhã ao Tocantins, para sua sexta visita desde que assumiu a presidência da República. O presidente inaugura, ao lado do governador Marcelo Miranda, do Ministro de Minas e Energia e de diversas autoridades e parlamentares da sua base, a UHE de São Salvador.

Ao descer em Gurupi esta manhã o presidente coloca novamente o estado na pauta nacional e mostra de certa forma a punjança não só do seu governo -  capaz de realizar grandes obras físicas, além das humanas - mas a nova dimensão que o Tocantins está tomando.

Não é fácil preparar um estado com a extensão do nosso para despontar no cenário de desenvolvimento econômico. Quando optei por deixar Goiás e vir para cá há 18 anos, o Tocantins era só expectativa e promessa. Muitos rios e poucas pontes dificultavam a circulação e transporte de animais, mercadorias e consequentemente, o progresso. Quase não havia asfalto fora da BR-153 interligando as cidades. O estado tinha demanda, mas não tinha oferta de energia. E as redes de distribuição estavam em situação lastimável.

Muitas conquistas foram feitas na fase de implantação. Mas para a mídia nacional -  inclusive para os colegas jornalistas de Goiás -  o Tocantins era inóspito demais, e levaria décadas para se tornar "habitável", e capaz de oferecer suporte à chegada do capital de grandes investidores.

Assim, até algum tempo atrás, a execução de qualquer pontinha da Norte-Sul era motivo para grandes comemorações. Uma usina inaugurada, era motivo para pompa e festa, e campanha publicitária nacional. Não que estivesse errado dar esta dimensão às primeiras conquistas. A diferença é que agora, o rítmo é tão intenso em construção e entrega de asfalto, pontes, barragens,projetos de aproveitamento hidro agrícola, e por que não, usinas e PCH' s (as cinco pequenas centrais hidrelétricas do sudeste das quais pouco se ouve falar), que o Tocantins é visto pelos investidores com outros olhos.

Lula tem sido importante neste processo, por que compreendeu a necessidade que o Brasil tem de uma nova fronteira como o Tocantins, capaz de produzir energia limpa, capaz de abrir novas frentes na produção agrícola e pecuária. E o presidente não tem faltado ao estado com o aporte de recursos.

Falando ontem pelo msn com um colega que atua em Brasília, pude perceber o quanto a imagem do Tocantins lá fora já mudou. E a nova dimensão que o estado está ganhando é muito interessante para nós que vivemos aqui, e vamos poder em breve assistir os efeitos da mudança que a chegada da industrialização provocará na vida da população e na economia do Estado.

A impressão que passamos lá fora hoje, é de que o estado está pronto,e já é de fato, uma boa oportunidade de negócio para quem quer sair do eixo Rio-São Paulo, sem deixar de ganhar dinheiro.

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