Eduardo diz que governar é fazer escolhas e que prioridades do Estado são outras: dívidas pagas em 2011 teriam ultrapassado R$ 1 bi

O secretário de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos(PSDB) respondeu às afirmações do ex-governador Carlos Gaguim (PMDB), em entrevista ao Site Roberta Tum dizendo que não quer polemizar com o antecessor de seu pai no governo. "O que ...

O governo do Estado está priorizando o cumprimento da lei de responsabilidade fiscal, o limite prudencial com a folha, o pagamento de progressões e outros benefícios, além de honrar os compromissos assumidos com bancos internacionais. Esta foi a resposta do secretário de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos(PSDB) aos questionamentos apontados pelo ex-governador Carlos Gaguim na noite desta quarta-feira, 04 no Site Roberta Tum.

“Não estamos fazendo política olhando no retrovisor. Nós não entramos no mérito de quem é a dívida, e não acusamos ninguém. Eu até posso entender que ele governou um ano e meio, e que a maior parte desta dívida não seja do seu governo, mas ficaram dívidas deixadas por ele sim, como é o caso da Fiat do Brasil e as ambulâncias. Foram adquiridas 170 ambulâncias, e foram pagas 100. As outras 70? Tiveram o empenho cancelado”, afirma Eduardo.

“Nós acabamos de fazer um acordo com os sindicatos para pagar as progressões, nós estamos cumprindo os acordos que nós herdamos das 44 leis que ele se orgulha de dizer que aprovou, alguns começaram a ser pagos ano passado e outros neste”, relembra o secretário se referindo ao acordo dos 25%, aos compromissos com a PM e sobre as progressões.

Conforme Eduardo, se não houver uma administração prudente e muito bem pensada por parte do governo do Estado, não é possível honrar os compromissos internos, e os assumidos com financiadores internacionais. “A verdade é que o dinheiro não dá para tudo”, admite.

Segundo o secretário, muitos cortes e ajustes foram feitos para que o Estado pudesse ser administrado, “com sacrifício” atualmente. “Nós obtivemos descontos de até 30% em contratos que eles deixaram. No caso do PlanSaúde nós conseguimos manter o benefício aumentando a economia para o Estado. Lembrando que ele utilizava em seu governo, dinheiro do Igeprev para pagar o plano, o que é proibido por lei. Nós assumimos só aí mais R$ 300 mil a R$ 400 mil de custo”, argumenta.

Questionando legitimidade

O propósito do ex-governador em entrar na discussão dos efeitos do decreto do governo que suspende os pagamentos de fornecedores e prestadores de serviço vencidos antes de 2011 foi objeto de questionamento por parte do secretário Eduardo. “Estaria ele falando em nome dos que não foram pagos? O que ele pretende? Defender os fornecedores? Acho que esta discussão deve ser feita por quem tem algo a receber”, disse.

Eduardo Siqueira afirmou ainda que o governo não está fazendo a discussão sobre quem gerou a dívida, mas não vê problemas em fazer esta conta. “Olha, o que foi pago neste primeiro ano de governo deve superar a casa do R$ 1 bilhão de reais. Se ele pretende esta discussão, nós podemos fazer, sem problemas. A dívida é pública”, finalizou.

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