Eduardo nega que 41% de doações à campanha de Siqueira vieram de fontes investigadas e afasta convocação

Uma cópia das movimentações do Comitê Financeiro da Coligação "TO Levado à Sério" será encaminhada esta semana aos membros da CMPI que investiga ligações do contraventor Carlos Cachoeira e empresas ligadas a ele com políticos em todo Brasil...

Apontando uma movimentação que visa criar fato novo que possa embasar uma convocação do governador Siqueira Campos (PSDB) à CPMI do Cachoeira para prestar explicações sobre doações de campanha, o ex-senador e secretario de Relações Institucionais Eduardo Siqueira Campos, disse ao Site Roberta Tum na manhã desta segunda-feira, 9 que a campanha de seu pai não recebeu doações da Delta, como a maioria dos partidos receberam nacionalmente.

“Este é o foco principal da CPMI. Antes de uma convocação do governador Siqueira Campos para prestar qualquer explicação seria o caso de convocar os que receberam doações da Delta antes até do período eleitoral, o que não é o nosso caso”, argumentou.

Segundo o secretario, não é verdade que 41% das fontes doadoras contribuíram para a campanha de Siqueira Campos. “Existem duas inverdades aí. A primeira, é que empresas e pessoas físicas doaram depois da campanha encerrada e do resultado conhecido, valores para quitação de despesas, e não antes. A segunda é que estas despesas se referiam à gastos gerais da campanha, com governador, senadores e deputados, não unicamente com o governador”, explicou.

Ajuda foi à campanha adversaria

Para Eduardo Siqueira, o que deve ficar claro é que a doação para campanha, aquela que ajuda o candidato a vencer um pleito, é a que é feita antes da eleição, e não depois.

“Veja só, a legislação mudou. Ela passou a dar 30 dias de prazo depois da eleição para que o comitê liquide as despesas que restaram da campanha. Então, a CRT por exemplo, ajudou a campanha adversária. A empresa, pessoa jurídica, não nos ajudou. Depois de conhecido o resultado das urnas, o Rossine, pessoa física, que tinha lastro para isto em sua declaração de renda, fez aquela doação”, argumenta.

O empresário e agropecuarista Rossine Guimarães tem ligações pessoais e de amizade com adversários de Siqueira, relembra o secretario. Como é o caso do ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) que também foi beneficiado com doações de campanha.

“Nenhuma das empresas citadas fez doação durante a campanha eleitoral. Depois que terminou, deputados, senadores, todos fizeram um esforço conjunto para buscar doadores que nos permitissem zerar as dívidas de campanha. Então eu não conheço e meu pai também não conhece alguns deles, que porventura fizeram doações a partir de contato com outros integrantes da nossa coligação”, finalizou.

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