Em audiência pública, Costa fala do sistema penitenciário e diz que se for apresentado a cliente de Stálin Jr pede perdão de joelhos

A Audiência Pública que debate Segurança na Assembléia Legislativa nesta terça-feira, 28, à tarde acaba de começar. Na mesa se encontram o secretário de Segurança Pública, o comandante da PM, a presidente do Sinpol e diversas autoridades. Acompanhe a...

 Policiais fora dos presídios

Depois de uma pausa de 15 minutos Audiência Pública é retomada na Assembléia.

Nesse momento o secretário é questionado pelo deputado Iderval Silva (PMDB) sobre a tentativa de mudar as cores dos uniformes dos presos ocorrida no início deste ano. Costa justificou que as escolhas das cores (verde para as mulheres e rosa para os homens) ocorreu baseada em ações que obtiveram sucesso. “A cor rosa deprime as mulheres, se eu pintar um presídio de rosa as mulheres se deprimem, isso é uma questão de hormônio. E já teve uma ação dessa que obteve sucesso nos Estados Unidos, quando um presídio e os uniformes dos presos foram feitos na cor rosa”, disse o secretário.

João Costa ainda reiterou que até o final do governo Siqueira Campos não irá mais existir policiais dentro dos presídios. “Dentro dos presídios não vai ter mais agentes prisionais, vai existir sócio-educadores e isso vai ocorrer até o final desse governo”, informou o secretário. (Atualizada as 20h40)

Linha de crédito

Segundo o secretário, foi conseguida uma linha de crédito nos Estados Unidos, que já está sendo avaliada pelo governador Siqueira Campos, para reestruturar o sistema penitenciário no Estado. Ainda de acordo com Costa, os defeitos e as falhas estão sendo estudadas para que sejam resolvidas. “Nós precisamos humanizar. Maltratar e castigar não resolve. É preciso concertar esse sistema que está formando monstros, equipar, fortalecer os conselhos, integrar as polícias”, disse João Costa.

Nesse momento está sendo mostrado um vídeo que ilustra a viagem do secretário aos Estados Unidos onde proferiu uma palestra sobre o sistema prisional do Estado. (Atualizada as 19h45)

Segunda parte

Agora tem início a segunda parte do debate. O secretário está mostrando slides com fotos de delegacias em estado precário. As imagens ilustram unidades deterioradas com teto e portas quebradas, sem banheiro, com infiltrações, sem móveis, entre outras coisas. “É essa a situação que nós temos e é muito difícil você fazer em seis meses o que não foi feito em oito anos”, disse o secretário.

Segundo o Costa, a situação da segurança pública no Tocantins não está de acordo com o que o governo deseja. “Nós recebemos um legado, nos deixaram dívidas, estamos pagando quase R$ 2 milhões referentes a aluguéis que não foram pagos pelo governo passado sendo que esse dinheiro poderia estar sendo investido na nossa polícia”, disse Costa.

Nesse momento, está sendo mostrado um vídeo com imagens dos presídios do Estado. (Atualizada as 19h28)

Participação de Stálin Jr

 O secretário João Costa faz uma explanação de como ocorriam as fraudes e disse que se o deputado  trouxer a suposta cliente de seu filho, Stálin Júnior, até a sua frente ele retira as acusações e pede perdão de joelhos. “Essa cliente do Stalin não existe, ela é fantasma e se ela aparecer aqui eu peço perdão ao seu filho de joelhos deputado”, destacou o secretário.

O deputado Stálin diz que João Costa faz questão de culpar seu filho. “Existe algo que obrigue a um cliente a se apresentar pessoalmente a seu advogado? O advogado é obrigado a fazer perícia em documentos autenticados? A polícia foi na casa dele com fuzil, com metralhadora. Apontou o fuzil para a esposa dele que estava sozinha. Foi montada uma operação de guerra para desmoralizar um jovem ”, disse o deputado.

A partir de agora o debate vai girar em torno do sistema prisional do Estado. (Atualizada as 19h02)

Quebra de sigilo

O secretário diz que vai fazer um requerimento solicitando a quebra do segredo de justiça da Operação Inconfidente, para que todos possam ver que existem provas e que as provas são materiais e documentais. "Eu sou contra o segredo de justiça porque é bom que todos vejam que existem provas", disse o secretário.

Stálin pede a palavra e diz que deseja ser o autor do requerimento e parabeniza João Costa. "Eu quero ser o autor desse requerimento e parabéns ao secretário pela ação, por nos ajudar a resolver isso", disse o deputado. (Atualizada as 18h08)

Delegado Carrasco

Em resposta a José Augusto, o secretário João Costa explica que não afastou o delegado Carrasco. “Não afastei e não afasto. Não fui eu quem coloquei e nem fui eu quem afastou, até porque ele não foi afastado. Além disso, não promovi o delegado para a classe especial porque isso não tem nem como ser feito”, disse Costa.

O secretário ainda reiterou que apenas aumentou a quantidade de delegados a frente da operação, ficando para a delegada mais antiga, Liliane Albuquerque, a responsabilidade de presidir as investigações. (Atualizada as 18h05)

Nesse momento, o deputado José Augusto (PMDB ) se exalta e diz que o concurso público é regido pelo edital e que fica explícito que o mesmo foi desmerecido em sua previsão legal. “Como um cidadão que não fez a segunda fase de um concurso e depois de uma semana de posse passa a ser delegado especial por atos políticos pega justo como primeiro trabalho essa operação? Que envolve logo o filho de um deputado da oposição. Tem pessoas que já foram condenadas e julgadas na boca do delegado e isso não pode acontecer”, disse o deputado.

Ironizando, o deputado disse que quando as coisas começaram a ser mostradas para a sociedade o caso virou segredo de justiça. José Augusto finalizou desejando sorte ao secretário. (Atualizada as 17h55)

Com a palavra, José Bonifácio (PR) diz que o secretário não tem nada a ver com as ações do delegado e diz que o que deve ser discutido são assuntos de interesse da sociedade. “Espero que seu filho seja inocente Stálin, e ele está sendo apenas investigado. Acho que, sobre essa operação, o que tem que ser feito é um cuidado com o que é passado para a imprensa, o secretário não tem nada a ver com as ações do delegado, nem o governador tem. Mas não vamos mais mexer com isso, a sociedade não quer saber disso, quem deve saber é os candidatos”, diz o deputado. (Atualizada as 17h35)

Exaltado, João Costa diz que vai continuar investigando quem tiver que ser investigado e que críticas a delegado não são cabíveis. “Criticar o delegado não inocenta as pessoas. Não venham desmoralizar o delegado aqui porque aqui não é lugar próprio. Cabe ao judiciário fazer o julgamento e é isso que tem que ser feito”, disse o delegado.

Nesse momento o deputado José Bonifácio e outros deputados pedem a palavra e reclamam que a Audiência está girando apenas em torno de um único assunto. ( Atualizada as 17h30)

Nomeação de delegados

O deputado Stálin fala nesse momento da nomeação dos delegados Celina Ribeiro e Adriano Carrasco que segundo ele são ilegais e questiona Costa sobre a nomeação dos mesmos. O secretário responde que as academias de polícia tem uma grade curricular e é possível, assim como nas faculdades, aproveitar os créditos feitos em academias.

“Eu fiz esse questionamento e a resposta foi que a academia do Acre se aproxima muito mais da matriz nacional que a do Tocantins. O Carrasco foi policial, foi responsável pela maior apreensão de droga no Acre e eu costumo obedecer a justiça. Então, enquanto não for mandado tirar o delegado do cargo ele vai permanecer, e vai continuar investigando o caso dessa maneira brilhante”, disse o secretário.

Costa diz que enquanto estiver a frente da Secretaria os criminosos só terão duas ecolhas: mudar de vida ou mudar do Tocantins. (Atualizada as 17h05)

Operação Inconfidente

O secretário João Costa diz que não tem o que falar sobre a Operação Inconfidente já que a mesma está sob segredo de justiça. "Nós tínhamos apenas um crime, nós começamos a investigar um crime, a operacão começa em uma direção e ele se desvia. Nao há qualquer cunho político, o govenador não sabia dessa ação. Eu participo das ações de governo, eu nao vou para as ruas não prendo pessoas. Para falar desse assunto deveriam ser convocados os delegados de polícia. Eu não participo da operação, não tenho o que falar", destacou o delegado. ( Atualizada as 16h57)

Nesse momento o mestre em segurança, Francisco Vianna Cruz, que proferiu palestra termina de responder as perguntas dos deputados. Agora terá início o debate sobre a Operação Inconfidente, em o debate será sobre o sistema penintenciário. Secretário João Costa começa a falar. (Atualizada as 16h50)

O deputado estadual e presidente da Comissão de Segurança Pública, Sargento Aragão, acaba de reabrir a reunião da comissão, audiência pública que debaterá Sistema Prisional e Operação Inconfidente. Acompanhe aqui!

 

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