O empresário Irajá Silvestre encaminhou carta ao Site Roberta Tum no começo da tarde desta quinta-feira, negando ter desacatado os policiais que o abordaram no Terminal Rodoviário da Capital no feriado de carnaval. Irajá afirma ter sido vítima de uma ação “arbitrária e ameaçadora, praticada por um soldado, um cabo e um tenente da PM”.
Em seu favor, o empresário cita o depoimento de um dos policiais presentes na ação, Sargento Deusimar Pereira Vitória. Confira na íntegra as explicações de Irajá Silvestre.
"Cara amiga Roberta Tum,
Em defesa da verdade e pela garantia das prerrogativas individuais que o estado de direito concede ao cidadão, venho prestar esclarecimentos sobre a ação arbitrária, intimidativa e ameaçadora praticada por um soldado, um cabo e um tenente da Polícia Militar do Estado do Tocantins contra minha pessoa, na noite da última terça-feira, dia 16 de fevereiro de 2010, no Terminal Rodoviário de Palmas.
Agredido moral e fisicamente por policiais cujo papel é o de proteger o cidadão, fui obrigado a dirigir-me à 2ª Delegacia de Polícia da Capital, sob ameaças de ser preso e algemado, sem que tivesse dado motivos para tal, como atestou um dos policiais presentes na operação, Sargento Deusimar Pereira Vitoria, que em depoimento naquela DPC informou que não presenciou qualquer desacato à autoridade dos policiais que tivesse sido por mim praticado, argumento utilizado por tais PMs, Soldado Wanderlino Alves da Silva e Cabo Raimundo Batista Lima Filho e o Tenente Edson para deter-me de forma arbitrária e flagrantemente ilegal.
Não se contentando em lavrar autos de multa por ter estacionado por alguns segundos, para que pudesse descer as malas de um casal de amigos, que embarcaria naqueles próximos minutos para Goiânia (Goiás), em meio a forte temporal que caía na Capital naquele momento, os dois policiais militares iniciaram uma sessão de agressões verbais e físicas contra minha pessoa, assacando contra a minha honra e moral, com fins desconhecidos. Ou talvez soubessem o que faziam e o por quê.
Vilipendiado em meu direito de ir e vir, insultado e agredido, fui puxado pela camisa de dentro do meu carro, na presença da minha esposa e de meus amigos, não se consumando maior violência em função da intervenção do Sargento Deusimar, a quem apresentei toda a minha documentação e a do meu veículo exigidas, como qualquer cidadão cumpridor dos seus deveres e que vive dentro da lei.
Na 2ª Delegacia de Polícia, na presença do delegado José Eliu de Andrade Jurubeba, os dois policiais foram alertados sobre as agressões físicas praticadas contra mim e naquele momento, quando os dois PMs já haviam concordado que a ação tinha sido exagerada, adentrou a sala do Delegado o Tenente Edson ameaçando de prisão os dois policiais militares, se não mantivessem as suas acusações de desacato, mesmo sendo estas negadas pelo Sargento Deusimar Pereira Vitória.
Vivemos em um estado de direito. Abuso de poder é crime.
Assim, ao agradecer antecipadamente a publicação na íntegra destes esclarecimentos nesse Blog, creio ter colaborado para a afirmação da verdade sobre fatos tão lamentáveis e que espero não suceda com outras pessoas que só querem viver e trabalhar com segurança.
Irajá Silvestre Filho
Empresário"
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