Em carta ao TJ Willamara diz que foi incluída numa investigação sem provas e defende regularidade das obras de sua gestão

A desembargadora Willamara Leila de Almeida, afastada de suas atribuições no TJ desde que a Operação Maet foi deflagrada encaminhou carta pessoal aos desembargadores do Tribunal de Justiça, onde alega ter sido incluída numa investigação, "sem pr...

As obras paralisadas pelo Tribunal de Justiça, sob a alegação de falta de recursos para pagar as empreiteiras responsáveis por elas, foram objeto de uma carta da desembargadora Willamara Leila de Almeida - afastada de suas funções à frente da presidência do TJ em 16 de dezembro pela Operação Maet – aos seus colegas desembargadores do TJ, defendendo sua regularidade.

Na carta, a ex-presidente afirma que para realizar as licitações, buscou ajuda técnica do TCE e do Ministério Público Estadual para sanar dúvidas. “Todos os atos foram publicados, os editais,condução das licitações, medições e conduções das construções, aditivos e inaugurações seguiram o padrão das outras instituições aqui mencionadas”, afirma ela para completar que diretos, engenheiros,arquitetos, e nenhum dos envolvidos têm nada a temer diante do que foi feito. “As obras foram concluídas e entregues”, sustenta.

Aditivos são explicados por desembargadora

Em seu depoimento sobre o assunto, a desembargadora Willamara Leila afirma que “Assim como diretores, servidores, assessores e corpo técnico do Tribunal, os Construtores também vestiram a camisa, do Judiciário, do Estado e do bem comum”.

Os aditivos aos contratos também são justificados pela desembargadora: “no caso específico das nossas obras, a pressa na entrega foi um dos fatores que contribuíram para ocorrência de aditivos, e às vezes mão de obra duplicada para garantir o prazo”. Willamara Leila segue questionando que no Judiciário tem acontecido o inverso do que ocorre normalmente com obras públicas. “ Neste caso, as obras estão prontas e os construtores não recebem,“por que?”

A desembargadora afirma que tudo o que foi feito está “devidamente comprovado nos processos. Tudo nos limites da lei”. Willlamara Leila afirmou ainda que lutou pelos recursos do judiciário enquanto o momento político era oportuno, e procurou concluir as obras em sua gestão para não deixar pendências para sucessores.

Nas duas páginas restantes de uma carta de oito folhas, a desembargadora pede que cesse a “caça ás bruxas” e que a presidente do TJ, lance um olhar humano nas dificuldades que os construtores estão passando e“que mande cessar as acusações levianas assacadas contra pessoas que sempre agiram com respeito e dignidade e que têm um nome a zelar”.

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