Os 280 estudantes da Escola Estadual Adelvado de Oliveira Moraes, de Filadélfia, serão transferidos, para a Escola Estadual de Filadélfia. A decisão da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) foi tomada após vistoria técnica, realizado pela diretoria de padrões mínimos da pasta, que constatou problemas estruturais no prédio. Os problemas na estrutura da Escola, já haviam sido mostrado com exclusividade pelo Site Roberta Tum que visitou a cidade no mês passado e constatou que a escola estava com a estrutura comprometida após cheia do lençol freático da Usina Hidrelétrica de Estreito.
Segundo informações da Seduc, uma equipe de engenheiros da Secretaria realizou, no último dia 17, a segunda visita no mês na Escola, e após averiguar que as rachaduras na estrutura do prédio poderiam comprometer a segurança da comunidade escolar, tomou a decisão da transferência estudantes e servidores como medida de proteção. A deliberação foi tomada em comum acordo com a direção das duas unidades mencionadas e com a Diretoria Regional de Araguaína, de forma que estudantes da Adelvaldo de Oliveira não tenham prejuízos com o ano letivo.
De acordo com o documento, além das rachaduras, a umidade do solo onde está o prédio encontra-se mais elevada do que o normal, o que possivelmente está ocasionando a fissuração nas paredes e o rebaixamento das calçadas da unidade. O problema teve início após a abertura das comportas da Barragem da Usina de Estreito.
A Seduc acionou a empresa responsável pelo consórcio da Barragem de Estreito, Ceste (Consórcio Estreito Energia), para que a equipe técnica da mesma realize um laudo complementar acerca do nível de profundidade do lençol freático que passa pelo local e um parecer técnico com o posicionamento em relação ao caso. A escola só deverá ser reaberta quando os problemas forem sanados.
Uma nova escola que se encontra em fase final de construção deve ser entregue a comunidade no segundo semestre deste ano. A unidade está sendo construída com recursos do PAR (Plano de Ações Articuladas), do Governo Federal e do Governo do Estado.
Histórico da escola
Construída há mais de meio século na cidade de Filadélfia e agora com sua estrutura comprometida pelos impactos causados com a construção da Usina de Estreito, a Escola Estadual Adevaldo de Oliveira Moraes, ameaça desabar.
No mês passado, a diretora da escola, Betânia Maria Costa e Silva , informou que os problemas na estrutura do prédio tiveram início ainda no ano passado e se agravaram após a cheia do lençol freático que atingiu a cidade. “Nunca tivemos problema algum na estrutura da escola antes da inauguração da usina, mas agora temos dois pavilhões com problemas, o mais alto está bastante comprometido”, declarou a diretora.
Parte comprometida
A diretora informou, também no mês passado, que uma sala de aula foi interditada porque não tinha mais condições para ser usada devido as rachaduras no prédio. “A parte mais grave é a do pavilhão mais alto que está bastante danificado, mas nós interditamos uma sala e estamos usando às outras”, informou a diretora.
A Escola Adeuvaldo de Oliveira Moraes é uma das principais escolas da cidade e Filadélfia. Abriga, hoje, 280 alunos e oferece ensino do 1º ao 6º, o ensino médio completo e o Eja (Com informações da assessoria).
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