O casal Domingos Pereira da Silva, 85, e Adelaide Pimentel da Silva, 69, de Jaú do Tocantins, contemplados pelo Programa Cheque Moradia do Governo Federal em 2009, informaram ao Site Roberta Tum, que parte das parcelas do cheque que seriam utilizadas para a construção de uma casa não foram repassadas.
Ao Site RT, Pereira contou que em três anos recebeu apenas uma parcela no R$ 4.000,00. Valor total do cheque é R$ 7.500,00. “Com esse dinheiro só foi possível comprar tijolo, telha, três portas e cimentos, mas esse valor não ajudou na construção total da casa, faltam janelas, pisos, acabamento, nem mesmo banheiro temos”, destacou.
De acordo com informações de Pereira a prefeitura já foi procurada para resolver o problema, mas nenhuma solução foi tomada. “Já procuramos a prefeitura, falaram que iam mandar o resto do dinheiro e até hoje nada. O problema é que a gente depende disso, pois a renda que temos é da aposentadoria que não dá para terminamos casa”, explicou.
Mais casos
Em resposta ao Site RT, o prefeito de Jaú do Tocantins, João Luiz (DEM) informou, que no município foram contempladas dez famílias e que as mesmas passam pelo mesmo problema. “Elas receberam a primeira parcela do cheque e para receber a segunda é preciso que o Estado encaminhe e estamos no aguardo até hoje”, destacou.
Segundo o gestor, o caso de Domingos não é isolado. “Tem o do senhor Tomé que mesmo após ter sido beneficiado com o Programa Cheque Moradia não tem condições de construir sua casa, pois o valor recebido só deu para comprar 30 sacos de cimentos, ferros e telhas. Atualmente ele mora em uma casa com condições precárias quase caindo. O que acontece é que o Governo do Estado não teve a preocupação de verificar esse programa, mas estamos fazendo o que estar a nosso alcance para ajudar essas famílias”, finalizou.
Secretário explica
O secretário de habitação, Raimundo Frota, também conversou com o Site RT sobre o assunto. Na oportunidade, Frota explicou que, serão apurados o uso e adequação do benefício em 69 municípios do Estado que foram aplicados no ano de 2010. “Em breve vamos apurar todas as circunstancias e identificar eventuais responsabilidades, para que com isso seja possível gerar soluções para esses problemas”, explicou.
Ainda segundo o secretário esses trabalhos serão feitos em conjunto. “Iremos realizar esses trabalhos com a participação de servidores da Seab, da Sefaz e da empresa administradora do cartão moradia, pois precisamos fazer uma análise para identificar o que pode e deve ser corrigido, porque esse não é um assunto simples”, finalizou.
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