Em Palmas Câmara pode ser renovada em mais de 50%: veja quem pode se beneficiar

Com o foco da população voltado para a disputa majoritária em Palmas, pouca gente (fora do staff da militância contratada) está atenta ao que acontece na disputa para as 19 vagas que a Câmara Municipal terá a partir do próximo ano.

Câmara pode ser renovada em mais de 50%
Descrição: Câmara pode ser renovada em mais de 50% Crédito: Sherlyton Ribeiro

Na primeira pesquisa Ipeto/T1 o total de indecisos para vereadores superou a marca dos 46%. Se observarmos que pouca gente se lembra em quem votou nas últimas eleições, este não é um cenário para despertar muitas surpresas. Na pesquisa que vai para as ruas a partir de amanhã, quarta-feira, veremos o quanto este índice já baixou.

 

Gente que lava as mãos na hora da escolha, por considerar que “são todos iguais”, ou “farinha do mesmo saco”, passa a reclamar nas redes sociais e nas rodas de bate-papo por não se sentir representada na Câmara. E na hora das decisões, chia e tenta tirar da Câmara sua legitimidade.

 

Briga acontece dentro das coligações

 

Um fator importante e que o eleitor comum não entende é que a disputa acontece dentro de cada coligação. Não adianta um candidato ser mais votado que outro de outra coligação, se não estiver na frente dos seus concorrentes.

 

A presença dos vereadores com mandato nas coligações e a forma como foram montadas está colocando duas delas na dianteira da disputa pelos eleitores nas proporcionais.

 

Do lado de Marcelo Lelis, o “grupo da morte” reuniu candidatos com alto poder de captar votos, o que provoca também um “mata mata” entre eles. Muitos serão bem votados e terminarão sem mandato.

 

Neste grupo intitulado  É a vez de Palmas”, estão reunidos os partidos:  PSDB / PV / PMDB / PSD. É o grupo de três vereadores com mandato: Cavalcante, Valdemar Jr., Carlos Braga. Os votos de legenda serao computados para a coligação, o que coloca os candidatos do PV -  todos sem mandato -  em posição difícil. Até seus votos de legenda serão computados em favor dos mais votados.

 

Sem mandato na coligação proporcional mais forte de Lelis estão candidatos do PMDB com bom desempenho na rua, a exemplo de Emerson Coimbra, Joel Borges, Rogério Freitas. No PV estão bem posicionados Laerci Jr., Orion Milhomem, Gilberto da Caixa. No PSD desponta Iratã Abreu. No PSDB, Hiram Gomes, irmão do deputado Eduardo Gomes. A briga é grande e a expectativa de eleição varia de 5 a 7 vagas.

 

Ao lado de Luana Ribeiro, são três coligações com o nome “Coragem para Fazer”. Cada partido com vereadores encabeçou uma coligação. Na Coligação 2, do PR/PRTB estão Lúcio Campelo (que apoia Marcelo), Milton Néris, e José Hermes Damaso. A expectativa é fazer dois, e o terceiro na sobra.

 

Na Coligação 1, encabeçada pelo PT a possibilidade de fazer dois beneficia Ivory de Lira e Bismarque do Movimento. Embora no PT estejam suplentes de vereador com boas possibilidades.

 

Na Coligação 3, estão os candidatos do PTN. Lá são dois vereadores: Folha e Divina Márcia. A candidata Vânia do Aureny III  vem despontando nas pesquisas. Um grupo de dez candidatos com potencial de voto na casa dos 500 cada pode chegar a fazer o terceiro, mas duas vagas são consideradas possíveis, caso o desempenho dos principais nomes (Aureliano e outros) ocorra dentro do esperado.

 

Ao lado de Marcelo Lelis ficaram ainda duas coligações proporcionais: A Frente Social Trabalhista, que abriga o PDT, de Vânia Vidal, Gordo, Ricardo Ribeirinha; e a Frente da Renovação, com os pequenos partidos onde estão Jucelino, Adão Índio e Pastor Claudemir. Cada uma delas trabalha para fazer um. Vai depender da legenda, e da sobra.

 

Correndo por fora

 

O Democratas, que corre por fora, trabalha o desafio de fazer um, onde estão na disputa Fernando Rezende e a ex-vereadora Warner Pires.

 

O PP de Carlos Amastha com a Coligação “Um novo caminho é possível” somaraá aos votos de seus candidatos, os cotos de legenda e deve fazer dois. Os que estão melhor posicionados são: Major Negreiros e Claudemir Portugal. Só aí são dois novos vereadores, sem mandato.

 

E ainda existe o PT do B, bastante prejudicado com as confusões recentes envolvendo o candidato Fábio Ribeiro e o presidente regional, Tony Pessoa.

 

No frigir dos ovos pode ser que de 19 nomes, de oito a nove saiam da atual Câmara Municipal, e o restante seja renovado pelos novos candidatos que buscam seus mandatos.

 

Como urna é uma caixinha de surpresa e o número de indecisos ainda é bem alto, a reta final permite que o quadro traga novidades além do que já se espera. Ao eleitor cabe avaliar bem os candidatos. E dar a chance aos que têm menor estrutura financeira, mas exibem formação e conduta ética em suas vidas profissionais, de também chegar lá.

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