Com o fim do carnaval, o ano oficialmente começou para tudo o que depende da máquina administrativa. E todo mundo já sabe, não será um ano fácil. O governo precisará de toda a ajuda possível para vencê-lo. Com articulação política, tem tudo para conseguir.
Em Brasília, o PMDB comanda as duas casas: Câmara dos Deputados e Senado. Na primeira, com forte oposição à presidente Dilma permeando a pauta.
É neste cenário que a bancada tocantinense renovada terá como representante para correr atrás dos interesses do Estado, liberação de emendas e interloução, ninguém menos que o ex-governador Carlos Gaguim(PMDB).
Gaguim vai dar tom mais agressivo à busca de recursos
Ele que apoiou Eduardo Cunha, ganhou força também na eleição do líder do PMDB, Picciani.
O fato é que a bancada está articulada entre si e com um negociador nato na sua condução. Gaguim é daqueles que não perde uma chance. Um cavador de oportunidades. Com esse talento a serviço do Estado, o Tocantins terá muito que ganhar.
Ainda mais depois de um ano eleitoral, difícil e de baixa liberação de emendas.
É de Brasília que se espera a ajuda que o Tocantins precisa este ano para tentar avançar.
Kátia Abreu tem peso dobrado para buscar conquistas
Neste aspecto ganhou uma embaixadora de seus interesses com peso redobrado no governo Dilma: a senadora Kátia Abreu(PMDB), Ministra da Agricultura.
Na vigilância de tudo que é de interesse do Estado ela ganhou o poder de interferir na pauta do governo federal na nossa região. E nada passa de importante sem que seja consultada.
Por outro lado, do lado de cá da fronteira, a luta é grande para que as contas sejam recolocadas em seus limites.
Neste cenário os holofotes recaem sobre a Assembléia Legislativa, que vai aprovar o Orçamento 2015.
Não vejo muita dificuldade, até porque ele segue os mesmos parâmetros da LDO aprovada a toque de caixa em dezembro passado. Mas esta não é a única discussão a ser travada na Casa neste começo de ano parlamentar.
Mourão terá que atuar como mediador
A reforma administrativa passa por lá, assim como a discussão sobre benefícios que tiveram lei aprovada em período vedado. E que o governo retirou pela via administrativa para discutir na via judicial, mas que obrigatoriamente precisam de aprovação política. Neste aspecto, o líder do governo, deputado Paulo Mourão, já experimentado parlamentar, terá papel fundamental.
E a Assembléia é esta caixa de ressonância.
Embora a maioria absoluta dos tocantinenses sigam tocando sua vida, do Sudeste ao Bico do Papagaio independente do que vai na pauta das casas legislativas, aqui ou acolá, em Brasília, é pelas decisões parlamentares que o fluxo econômico e financeiro do Estado passa.
Pode-se esperar um ano duro aqui, e muito esforço lá para salvá-lo, sob o ponto de vista de investimentos.
O ano de 2015 começa de fato agora mas vai demorar a terminar. Empresas, empreendedores, prefeitos e gestores da coisa pública vão precisar encontrar novos caminhos. Porque os de sempre, tiveram suas pontes dinamitadas.
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