Em coletiva sobre a Operação Candy Shop deflagrada em Palmas, na manhã desta terça-feira, 6, pela Polícia Federal, o superintendente da PF no Tocantins, Elzio Vicente da Silva e o delegado Regional Executivo, André Santos Costas, divulgaram os números das prisões e apreensões feitas até o momento.
Durante a entrevista, a PF informou que a operação deflagrada em julho do ano passado nos estados de Goiás e Tocantins investigou uma quadrilha suspeita de tráfico interestadual nos dois estados. Segundo a PF, desde o inicio da operação até hoje, dez pessoas foram presas, duas delas já estavam detidas e oito foram presas nesta segunda-feira, 6, em cumprimentos de mandados de prisão expedidos pela Justiça Estadual. Ainda segundo a PF, cinco dos criminosos foram presos em Palmas e outros em Goiás. Todos os presos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal para fazer exames de corpo de délito e posteriormente serão encaminhados para os presídios do Estado.
Alegando segredo de Justiça e sem citar nomes a PF informou, apenas, que todos os presos são jovens que tem idade entre 20 e 25 anos e pertencem a classe média alta. Ainda segundo a PF, entre os presos estão empresários e o filho de um ex-político que exerceu cargo eletivo no Tocantins. Outra informação passada pela Polícia foi que entre os presos está um pai que comprava droga e repassava ao próprio filho.
Como funcionava a quadrilha
A Polícia Federal informou que a droga era enviada ao Tocantins em voos comerciais, carros particulares e até em ônibus. O destino dos entorpecentes era sempre Palmas, onde a droga era vendida para pessoas de classe média alta, que usavam e vendiam para outros usuários. Sobre os pontos de vendas, a PF informou que não tinha pontos específicos e que a droga era vendida em shows, festas e bares.
Entenda o caso
A Polícia Federal no Tocantins realizou na manhã de hoje a Operação Candy Shop, voltada à repressão do tráfico interestadual de drogas e associação para fins de tráfico. Foram executados 10 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal desta Capital.
Os mandados foram cumpridos em Palmas, Goiânia e São Miguel do Araguaia/GO, sendo empregados mais 70 policiais federais das Superintendências de Tocantins e Goiás e da Delegacia de Polícia Federal de Araguaína.
Foram apreendidas diversas substâncias entorpecentes, como ecstasy, LSD, cocaína e maconha. As investigações revelaram que a organização criminosa era responsável por abastecer usuários das classes média e alta na capital tocantinense, principalmente quando da realização de shows e festas na cidade.
A Operação Candy Shop (casa de doces em inglês) recebeu esse nome por fazer alusão à forma como os traficantes se referiam às drogas que vendiam, chamando ecstasy de “bala” e LSD de “doce”.
Os envolvidos estão sendo indiciados pelos crimes de tráfico interestadual de drogas e associação para fins de tráfico (arts.33 e 35 c/c 40, incisos II e V, da Lei nº 11.343/06). Se condenados, as penas por estes crimes variam no mínimo de 9 anos e 4 meses até o máximo de 41 anos e 8 meses. (Com informações da Ascom)
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