Estado endividado aqui, mensalão em julgamento acolá: vamos todos ao Bonfim!

O cenário político desta quinta-feira 16, no Brasil é de julgamento dos réus apontados no Mensalão, caminhando para o fim. No Tocantins com repasses em queda, o quadro é de dificuldade para quem tem negócios com o Estado

Notícias do Brasil: o julgamento do Mensalão -  aquele escândalo que envolve ex-ministros do presidente Lula, desvio de recursos públicos e caixa dois operado via agência de publicidade – caminha para o início da exposição de votos, o que na prática é o fim do processo todo pelo qual Ministério Público e STF tentam passar este capítulo da história nacional a limpo.

 

No Tocantins, a maioria da população segue apática e indiferente ao tema, como de resto o fazem brasileiros de Norte a Sul do País. A classe política, os advogados, jornalistas, e uma classe média mais atenta do eixo Rio/SP/Brasília, mais politizada, é que acompanha com atenção.

 

Poucos acreditam em condenações. E muitos falam em “fragilidade de provas” num processo em que acusados decidiram institucionalizar “caixa dois”, como uma coisa comum e corriqueira, que não afronta nem as leis nem uma ética mínima que se espere das relações entre políticos, empresas e Estado. Lamentável.

 

Ouvi de alguém que nos representa na Câmara dos Deputados em Brasília a seguinte avaliação: “Julgar mensalão como se isso não estivesse acontecendo ainda hoje, de outra forma, é uma hipocrisia muito grande. Tudo no Congresso é trocado, negociado. Um voto, o pagamento de uma emenda, uma obra”. Fato.

 

Pano rápido. De volta ao Tocantins...

 

 

Por aqui, no cenário local, nove em dez secretários de Estado propalam um rosário de dificuldades para contratar ou para pagar produtos e serviços: estamos em crise, estamos em crise”. A queda nos repasses federais, constitucionais, é de fato significativa. Mas o que há de pior, na minha opinião é o clima de pessimismo, é o abatimento ao invés da esperança, é a inapetência para enfrentar a crise claramente com choque de gestão.

 

E de quem é a culpa? Boa pergunta, e de difícil resposta.

 

Entendo que falta clareza ao governo para expor claramente o que arrecada (no total, e não só apenas em repasses federais), o que vem gastando para manter a máquina e a folha, e a quantas anda sua dívida, interna e externa.

 

Feito isto, é preciso dizer ao povo para onde estamos caminhando, para onde vamos no meio desse cenário de dificuldades.

 

Nas piores horas é que os líderes se destacam e demonstram a que vieram.

 

Por enquanto, vamos indo todos ao Bonfim! Pelo menos os que creem que rezando, pedindo e fazendo promessa, a coisa toda pode melhorar.

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