O decreto do governo do Estado que suspende administrativamente o pagamento de dívidas geradas antes de 2011 provocou a reação do ex-governador Carlos Gaguim(PMDB), que promete acionar na próxima semana o procurador geral da República no Tocantins, o Tribunal de Contas do Estado, e o Ministério Público para questionar o ato.
“Os compromissos feitos pelo Estado, precisam ser cumpridos, independente de quem era o governador. Eu, em praticamente um ano de governo, paguei dívida que ficou dos oito anos do Siqueira, para o Marcelo, e dívida dos sete anos do Marcelo que ficaram para mim. Então não justifica. Isso para o empresariado é muito ruim. Quem é que vai ter confiança em fazer negócio com o Estado?”, argumenta o ex-governador.
Gaguim disse ainda que o decreto dará a oportunidade ao povo tocantinense de saber quem gerou as dívidas, e quem mais pagou dívidas. “Dívida do meu governo, ficaram poucas. Agora, nós pagamos muitas dívidas, muitas, de governos anteriores”, afirma.
Bancada silenciosa
O ex-governador criticou ainda o que chamou de “silêncio” da bancada federal diante dos fatos que vem ocorrendo no Tocantins. “Eu fico triste de ver que nenhum deputado federal usa a tribuna, e diz para o Brasil o que está acontecendo no Tocantins. Mas eu vou de ministério em ministério se for preciso. Vou colocar os documentos debaixo do braço e vou denunciar o que está acontecendo aqui, esse calote anunciado no Diário Oficial”, disse.
Questionado se a bancada do seu partido não está cumprindo o papel de oposição, Gaguim disse que nada tem a dizer dos deputados estaduais. “Não vou julgar quem deixou o partido, mas os estaduais estão lutando, cumprindo seu papel. Agora na bancada federal não tem um que levante a voz para denunciar os atos deste governo que afrontam as leis”, finalizou.
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