Está foragido o ex- prefeito de Nova Olinda, Deroci Parente Cardoso, acusado de improbidade administrativa, desvio e apropriação de verbas públicas. A prisão preventiva do ex-prefeito foi decretada no último dia 14. Cardoso mantinha um esquema fraudulento durante sua gestão com o Banco Matone S/A . O Ministério Público Estadual – MPE entrou com ação civil pública com pedido liminar contra Cardoso, no dia 26 de fevereiro.
Segundo informações do promotor de justiça, Octahydes Ballan Júnior, o esquema realizado em Nova Olinda é parecido com o do município de Aragominas. “Através de um convênio com o banco os servidores municipais podiam fazer empréstimos consignados em folha, eles sacavam o dinheiro no banco e repassavam parte para o prefeito”, explicou.
Os empréstimos consignados em folha de pagamento, garantiam ao banco que a prefeitura pagaria o valor caso o servidor não quitasse o empréstimo. Os cofres públicos de Nova Olinda quitaram, sem realizar o desconto em folha cerca de R$ 607 mil.
De acordo com o procurador mais 20 pessoas participavam do esquema junto com o ex-prefeito, entre os envolvidos estão ex-funcionários da prefeitura e parentes e até um amigo do prefeito. Representes do Banco Matone, da CPM e das seguradoras Neófita Corretora de Seguros Ltda. e Nave Corretora de Seguros Ltda. também se beneficiavam com o esquema.
O esquema
De acordo com MPE a assinatura do convênio firmado em fevereiro de 2006, alterou de 30% para até 50% a margem de descontos na folha de pagamento para o prefeito, vice-prefeito e secretários municipais.
Os comprovantes de rendimento foram alterados e contracheques falsificados em nome de pessoas quem não sequer exerciam cargo público no município para obter ou aumentar a margem consignável para o posterior empréstimo. O município de Nova Olinda contraiu empréstimos no valor total de R$ 324.799,50, com acréscimos de juros e encargos, o valor subiu para R$ 607 mil.
O ex-prefeito pode ser condenado pela prática de atos de improbidade administrativa, e poderá arcar com o prejuízo causado ao patrimônio público do município. (Com informações do MPE – TO)
Comentários (0)