Os profissionais de enfermagem, tanto do nível médio quanto do superior, manifestaram a insatisfação com a administração do Pró-Saúde no Hospital Geral de Palmas - HGP. Segundo as denúncias, houve uma diminuição do número de enfermeiros e técnicos de enfermagem em plantões por departamento e há, segundo as informações, uma desorganização na escala de trabalho que é ocasionada pela deficiência de profissionais fazendo com que o atendimento seja comprometido.
Diante da insatisfação apresentada, a equipe do Site Roberta Tum entrou em contato com o Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins – Coren, para averiguar o que o Conselho tem feito diante da situação. Segundo a chefe do departamento de fiscalização, Magdalena Akemi, o Coren fez uma vistoria no HGP na primeira quinzena de dezembro o que culminou em um relatório. “O documento foi encaminhado ao Hospital, Ministério Público, Sindicato e para a Secretaria de Saúde, a fim de que as devidas providências fossem tomadas”, informou Magdalena.
Segundo as informações da fiscal, diante da inspeção, realizada também por haver denúncias formalizadas, o Conselho verificou a real situação das escalas e do quantitativo de profissionais. “Através de um método simples e rápido consideramos, em uma amostra de dois dias, quantos pacientes haviam no Hospital e quantos enfermeiros e técnicos por paciente”, informou a fiscal ao destacar que após a análise percebeu que em alguns lugares sobravam técnicos e faltavam enfermeiros enquanto em outros acontecia o contrário.
Magdalena informou que após as constatações orientou, em seu relatório, que a administração fizesse um remanejamento de profissionais e informou que algumas contratações também seriam necessárias.
Plantões extras
A diretora geral do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Tocantins, Rosangela Rodrigues Coutinho, informou ao Site RT, que a diretoria do Sindicato se reuniu com a Pró-Saúde a fim de debater os problemas de pessoal. “Solicitamos e a empresa tem um prazo de 30 a 60 dias para resolver as demandas e se adequar”, informou Rosangela.
Outro problema apresentado pelos funcionários foi o atraso no pagamento de plantões extras feitos em dezembro e janeiro. Segundo a diretora, uma regulamentação dos plantões extras tem causado descontentamento entre os profissionais. “O sistema de plantões sofreu alterações porque houve uma regulamentação para que somente quando necessário haja plantões extras”, destacou Rosangela ao informar que sobre os pagamentos atrasados, há um processo burocrático e o Sindicato está atuando. “O pagamento da escala de plantões extra é diferenciado, e há ainda o processo burocrático, mas estamos atuando junto a Secretaria de Saúde para a regularização dos pagamentos”, destacou.
O que diz o HGP
Por meio de nota, a direção do HGPP, a Sesau e a Pró-saúde informaram que os plantões estão sendo autorizados mediante necessidade. Quanto ao índice quantitativo, existe a necessidade de dar cobertura às escalas de segurança técnica. Sobre o pagamento dos plantões extras realizados em dezembro e janeiro, foi informado que serão efetuados até o final de março.
Ainda conforme a nota, os enfermeiros estão trabalhando dentro de uma escala que permite o desenvolvimento de ações, e com a contratação de novos profissionais essa escala deve ser otimizada. Segundo as informações, a direção está organizando todo o processo, com novas escalas e normativas para a gestão de pessoal, conforme orientação do Coren.
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